domingo, 16 de julho de 2017

Homem-Aranha: De Volta ao Lar



Quando a Marvel Studios recuperou os direitos sobre o Homem-Aranha, que estavam com a Sony Pictures desde o começo dos anos 2000, os “marvetes” enlouqueceram.

Enquanto a Marvel consolidava seu UCM envolvendo seus principais personagens, a Sony e seu Homem Aranha estavam num universo à parte. 

Onde esse universo criado pela Sony se encaixava?

Mesmo sozinho o Homem Aranha da Sony era bom, a famosa trilogia estrelada pelo Tobey Maguire rendeu dois filmes ótimos e um filme ruim, enquanto a segunda foi estrelada pelo Andrew Garfield e rendeu dois filmes medianos.

O balanço até o momento era positivo, os exigentes fãs da Marvel até receberam “bem” os filmes produzidos pela Sony sobre o Cabeça de Teia.

Porém, alguma coisa ainda estava faltando: ele precisava da companhia dos melhores.
Então quando a Marvel fez o anúncio, ninguém sabia o que estava por vir.

Mas o momento chegou, a Marvel Studios está fazendo história: Homem-Aranha: De Volta ao Lar marca o retorno do Cabeça de Teia pra Casa de Ideias. E também finalmente fazendo parte do seu UCM (há vários momentos no longa que demonstram isso).

 Claro que eu como milhares de fãs estávamos ansiosos pra ver tal acontecimento, tivemos uma palhinha em Capitão América 3 que deixou todo mundo empolgadíssimo.

 Assisti o filme, me diverti muito, gostei pra caramba, mas não consigo esquecer os filmes de 2002 e 2004. Estou errado? Obviamente afirmo que não, porque o grande lance desta versão com Tom Holland é que foi feita pensando nessa nova geração de adolescentes que há no mundo afora.

 Podemos notar que na sala de aula do Peter há uma diversidade muito grande. E a etnia de alguns personagens foram modificadas (estranhei, mas entendi que é preciso ser assim).

É uma nova versão para um público novo que precisa se identificar com aquilo que há na tela. Nesse quesito a Marvel Comics sempre se supera.

 Na trama, Adrian Toomes (Michael Keaton) estava trabalhando na limpeza depois da batalha dos Vingadores. O problema é que havia uma outra firma contratada por Tony Stark que atrapalhou seus planos.

 No entanto, Toomes conseguiu guardar artefatos alienígenas dos escombros e através disso criou armamentos utilizando tal tecnologia.

Sua armadura voadora foi criada com o propósito de roubar pra conseguir dinheiro e sobreviver sem chamar muita atenção dos heróis. Toomes é um vilão que até assusta em alguns momentos demonstrando quais são as suas motivações. 

Você faria diferente no lugar dele?

Enquanto isso, Peter estava contente por ter participado do combate no aeroporto. E ficou ansioso esperando surgir outra missão.

 A convivência na escola e sua vida com Tia May (Marisa Tomei) ficou em segundo plano por causa de sua euforia.

O problema surge quando tenta equilibrar tudo isso caçando o inimigo que surge o Abutre.

 Como já houve outras versões anteriores do herói não tivemos a necessidade de mostrar como surgiram seus poderes (algo que todo mundo já está cansado de saber).

 Cabe a Tony Stark e Happy Hogan (Jon Favreau, com atuação divertidíssima) fazerem as vezes de tutores de Peter. Então a figura paterna é dividida entre os dois. Tony Stark surge como um patamar a ser seguido, mas senti falta do lema e da figura paterna do Tio Ben partes importantes que definem bastante a personalidade do Parker.

 Homem-Aranha: De Volta ao Lar é engraçado com cenas de ação muito bem desenvolvidas, porém achei que foram poucas. Lembrei que no início temos o tema do desenho clássico dos anos 60.

 Afirmando que é um filme do Homem-Aranha e isso pra mim foi espetacular (que trocadilho sem graça).

 Tom Holland tem boa atuação e seu Peter Parker é um rapaz normal tendo que se virar como herói iniciante. O Homem-Aranha é um super-herói que ainda não sabe que é super, está no processo de moldagem, de criação.

 O aspecto mais empolgante na interpretação do Holland é a tagarelice do Parker (algo mostrado de forma excelente no desenho Ultimate Homem-Aranha).

 Também gostei demais do traje baseado no original com aquelas asas de teia embaixo do braço. O grande diferencial é a tecnologia Stark com inteligência artificial, drone que fica na insígnia, lançadores de teia com diversos tipos de disparos diferentes entre outras coisas.

 Só pra constar, há uma cena que aparece o sinal do Homem-Aranha que nos conecta aos gibi antigos. Temos também a música dos Ramones "Blitzkrieg bop" trazendo uma empolgação pro público.

 Definitivamente o Homem-Aranha está inserido no Universo Cinematográfico da Marvel, pois "De Volta ao Lar” se integra de forma natural a todo o emaranhado de histórias que formam o gigantesco universo criado pela Marvel Studios

E o Amigão da Vizinhança voltou para sua verdadeira casa pra fincar de vez sua presença no UCM.

Até o próximo texto.


domingo, 9 de julho de 2017

John Wick 2: Um Novo Dia para Matar



No final dos anos 90, Keanu Reeves alçou um patamar em sua carreira altíssimo por causa da triologia de Neo em Matrix.

A franquia é aclamada mundialmente pelos fãs, pois mistura de forma primorosa ação, ficção científica, cristianismo, filosofia entre vários outros conceitos.

Na verdade nem preciso lembrar que Matrix mudou drasticamente a forma como percebemos o mundo. Lançando a pergunta se vivemos num mundo real ou se sonhamos na Matrix?

Há vários momentos importantíssimos na trilogia que são de cair o queixo, mas os meus preferidos são: a luta de do Agente Smith contra o Sr. Anderson (pra mim foi muito impactante).

A outra é quando Neo voa sendo algo que lembra muito o Superman e que foi aproveitado um pouco no filme de 2013.

Matrix também é historicamente lembrado pelo Bullet-time (ou tempo-bala) que revolucionou os efeitos visuais quando foi lançado.

Bom, Reeves também participou do excelente O Advogado do Diabo (The Devil's Advocate) no qual interpeta Kevin Lomax, o advogado do título.

Sua, esposa, Mary Ann (Charlize Theron) sofre muito durante a maior parte da película.

Além da filmografia fantástica, roteiro brilhante e atuações convincentes. Quero destacar que Al Pacino realmente convence num atuação impecável de tão manipuladora.

Bom, Keanu tem outros filmes que valem a pena assistir tipo: Bill e Ted, Johnny Mnemonic, Drácula de Bram Stoker, Caçadores de Emoção e A Casa do Lago.

Confesso que detestei 47 Ronins e O Homem do Tai Chi, porque nem de longe sua atuação relembra seus melhores filmes.

Agora chega de enrolação e vamos ao que interessa.

Joh Wick: De Volta ao Jogo foi lançado em 2014 e na história seu protagonista é um lendário ex-assassino que deixou essa vida de lado. Após encontrar uma mulher que realmente valia a pena.

Como nem tudo são flores, infelizmente Wick havia perdido Helen, sua esposa que estava com uma doença terminal.

Só que ela pensando na perda do marido havia deixado um cãozinho pra ajudá-lo no luto.

John passou a gostar do animal e sempre dirigia um lindo Mustang, mas uma gangue gostou do carro e como não decidiu vendê-lo decidiram rouba-lo.

Além de roubar seu carro ainda mataram seu animal de estimação e isso serviu como estopim pra que John Wick retornasse buscando vingança.

Nem preciso comentar que a trilha sonora ficou ótima, mas também há muitos tiros e pancadaria com cenas brutais.

O primeiro foi bem aceito, teve ótimas críticas e agora é a vez de John Wick 2: Um Novo Dia para Matar.

No filme anterior, Iosef Tarasov fez a besteira de roubar o Mustang de Wick e sofreu as consequências de brincar com o bicho-papão.

Neste longa John vai atrás do carro e acaba encontrando-o com Abram Tarasov (tio de Iosef). Logo de início já presenciamos muita adrenalina e ação do melhor estilo.

Após colocar seu possante pra reparos, Wick recebe a visita de Santino D'Antonio, um importante mafioso italiano que no passado lhe concedeu uma “Promissória”.

Foi por causa deste acordo feito num tipo de pacto de sangue que Wick recebeu permissão pra deixar sua antiga vida pra trás e casar com Helen. O italiano exige os serviços de Wick que prontamente o renega dizendo estar aposentado.

Como retaliação D'Antonio explode a casa de seu antigo protegido e Wick não tendo como se virar aceita a missão.

A parte boa é que vemos um filme de ação que não se leva lá muito a sério, principalmente por causa do policial que pergunta: “Você está trabalhando de novo John?”


Se um policial não se mete a besta com ele quem é maluco pra fazer tal asneira?

Só que nem tudo é tão fácil assim, pois aqui parece que temos um tipo de prequel explicando um pouco melhor como funciona essa “irmandade de assassinos” da qual John Wick pertence.

Winston (Ian McShane), é o proprietário do Continental Hotel, em Nova York. Ele age como conselheiro do protagonista.

Podemos notar que ao redor do mundo há um hotel no qual os assassinos se hospedam pra descansar e também conseguir tudo que lhe for necessário em sua missão.

Confesso que é impossível não gostar de John Wick, pois é um anti-herói que se ferra durante todo momento que age. Um detalhe importante pra prestar atenção está na coreografia das lutas que ficaram ainda melhores do que no filme anterior.

Afirmo que Wick é um assassino perfeito e aqui ficamos sabendo, porque o tratam como bicho-pão. Algo que nos conecta ao bordão do Wolverine: “Eu sou o melhor no que eu faço”.

Espero que tenham gostado.