sábado, 30 de maio de 2015

Robocop – Primeira Parte



Robocop – O Policial do Futuro - 1987

O Policial do Futuro é um daqueles filmes que quem assistiu nunca mais conseguiu esquecer. Pra mim foi marcante, porque tive a oportunidade de vê-lo no cinema. Naquela época eu usava carteirinha de estudante e pagava meia (aproveitei pra assistir muitos outros filmes).

É praticamente impossível não gostar de Alex Murphy (Peter Weller), um homem simples que adora sua família e trabalha como policial honesto defendendo a cidade de Detroit. Então numa ocorrência de patrulha Murphy e sua parceira  Anne Lewis (Nancy Allen) intervém e perseguem a gangue violenta de Clarence Boddicker (Kurtwood Smith) os policiais são encurralados com diversos tiros rolando.

Infelizmente o terrível bando tortura e mata impiedosamente Murphy sendo aonde temos o estopim para que a vingança aconteça.

De pano de fundo ainda temos Delta City, uma cidade futurista “utópica” que será comandada pela megacorporação OCP (Omni Consumer Products), a corrupção pela busca do poder dentro da própria empresa,  a greve dos policiais por um salário melhor e a implantação da máquina de combate ED-209 (que mata friamente um membro do conselho numa demonstração).

Paul Verhoeven nos presenteou com um filme aonde há cenas absurdamente explicitas recheadas da mais pura violência desde o assassinato de Alex Murphy até sua vingança implacável com tiros na cabeça e regada com bastante sangue.

O projeto do cientista Bob Morton (Miguel Ferrer) de criar um policial perfeito ganha reforço com a chegada de Alex Murphy “quase sem vida” conectando sua mente e o resto de seu corpo a componentes cibernéticos criando o … Robocop.

A parte interessante eram suas quatro diretrizes básicas: servir ao povo, proteger pessoas inocentes, defender a lei e a última não atacar um funcionário da OCP.

Quando Murphy volta totalmente diferente num tipo mais máquina do que homem, Anne Lewis, sua parceira surgiu como contra ponto de sua humanidade perdida. Servindo como uma versão do esperto Grilo Falante, do Pinóquio (algo que se perdeu na nova versão).

O filme ainda se destaca pela presença do prepotente Dick Jones (Ronny Cox), um ambicioso executivo que deseja controlar toda a cidade e decide a qualquer custo tomar o lugar do “Velho”, presidente da OCP (Dan O’Herlihy).

E também me lembro do cruel Clarence Boddicker que mata friamente policiais tornando-se o principal antagonista do nosso herói ciborgue.

 Robocop – O Policial do Futuro é um filme de ação incrível que consegue misturar um estado fascista, crime, violência, corrupção e se prestarmos bastante atenção os efeitos especiais que na época poderiam ser o máximo pros dias atuais estão fraquíssimos de tão ruins, mas o roteiro sombrio aliado ao ótimo nível de interpretação dos atores continua insuperável (recomendo pra quem gosta e também pra quem nunca viu).


Continuações

O grande sucesso da bilheteria rendeu continuações Robocop 2, de 1990. No qual  tivemos roteiro de Frank Miller. Desta vez a cidade estava sendo infestada pela venda de uma nova droga, o Nuke.

Então a OCP através da Dra. Juliette Faxx (Belinda Bauer) cria uma nova versão do robô ED-209 que mais uma vez falha. A decisão é recriar o mesmo processo que aconteceu com o Robocop (colocando o psicopata Caim dentro da máquina).

Então temos a mente deturpada de um assassino preso numa máquina de combate letal e quem poderá nos defender? (quem respondeu Chapolin Colorado está errado).

O filme é ruim, as cenas dos efeitos especiais são intragáveis e só pra piorar a armadura do herói ficou estranha num tipo azulado. Robocop 2 conseguiu distorcer tudo que havia de empolgante e magnífico no primeiro.

Depois surgiu Robocop 3 que mudou de protagonista. O ator Peter Weller pensou bem, caiu fora e deixou a franquia sendo substituído por Robert J. Burque. Infelizmente  Frank Miller teve a audácia de voltar novamente ao projeto (acho que foi ele que conseguiu naufragar a franquia de tão pé frio).

Desta vez a OCP que entrou em falência havia sido comprada pela empresa Kanemitsu, do Japão. A intenção da multinacional é transformar os bairros num novo empreendimento e expulsam os moradores para que possam começar a reconstrução.

É criada a Rehab, uma força policial que de forma truculenta que desapropia os moradores de suas casas. Então os moradores que defendem seus lares são vistos como rebeldes (causando confrontos e nosso herói toma partido da população).

Num destes confrontos contra a Rehab o comandante mata friamente a policial Lewis e o Robocop assume de vez a causa do povo. Pra piorar a empresa japonesa envia o androide Otomo (Bruce Locke) para enfrentar e destruir nosso herói.

O terceiro consegue até ser um pouco melhor do que sua versão anterior, pois os efeitos especiais ficaram mais “aceitáveis” (exceto pelo voo do herói de foguete).
E mesmo assim não vale a pena ser visto faça por sua conta e risco.



Desenhos

Robocop: The Animated Series foi feita com base no primeiro filme da franquia do herói cibernético (sendo o mais fiel possível ao que foi proposto nele). Como grande diferença temos a presença de Clarence Boddiker e sua gangue como foragidos da polícia (no filme original foram mortos pelo policial ciborgue).

E também a presença do Dr. Tyler no lugar de Bob Morton, como criador do Projeto Robocop e a substituição dos revolveres por lasers (transformando as aventuras num ambiente de ficção científica). O desenho foi produzido pelaMarvel Productions e possui apenas 12 episódios que foram ao ar em 1988.

Robocop: Alpha Commando foi a segunda versão animada do personagem infelizmente visando agradar o público infantil (ficou bem mais fraquinho indo para o tom de comédia).

Desta vez estamos no ano de 2030 com o herói sendo reativado após cinco anos fora do campo de batalha. Sua missão é ajudar a Divisão Alpha, um grupo federal de alta tecnologia lutando contra a DARC (Direção para a anarquia, a vingança, e Chaos), uma outra organização terrorista altamente avançada.

Deixaram a policial Lewis de fora e temos apenas a presença do sargento Reed como personagem que veio do filme. Pra piorar o Robocop tem como aparatos em sua armadura um patins e também um paraquedas (é horrível!). Como curiosidade nesse desenho nosso herói nunca tira seu capacete e foram produzidos 40 episódios que foram ao ar em 1998.


Até o próximo texto e fim da primeira parte.

sábado, 9 de maio de 2015

Superman e a Legião dos Super-Heróis



Lançada nas edições do Superman # 74 até 76, é uma aventura com roteiro do aclamado Geoff Johns e a incrível arte de Gary Frank.

Um fato interessante é que Johns reintroduz o Superboy como inspiração pro surgimento da Legião. Mais ao invés da clássica versão da Era de Prata vemos características do famoso seriado televisivo.

Bom, na trama a Terra no séc. XXXI está um caos, pois a Liga da Justiça da Terra deturpou o ideal do Superman. A Liga da Justiça da Terra é formada pelos “rejeitados da Legião”, heróis que não foram aprovados pra participar da equipe.

O Terráqueo, líder da LJT mudou radicalmente a origem de Kal-El negando sua herança alienígena (e afirmando que ele havia nascido em nosso planeta).

Disseminando um ódio por toda raça alienígena do universo. Algo que poderá eclodir numa guerra devastadora. A LJT conseguiu capturar alguns dos principais membros da Legião como: Cósmico, Relâmpago, Satúrnia, Bloko, Violeta, Etérea entre outros.

Então, Kal é convocado por Brainiac 5, mas ao chegar em Metrópolis constata que o sol ficou vermelho. Fato que priva o kriptoniano de seus poderes especiais transformando-o num simples ser humano comum.

Pra piorar a LSH não existe mais e seus poucos membros remanescentes estão dispersos pelo universo.

Quando o Super chega no futuro é auxiliado por Vésper, Pulsar e Colossal. Eles não queriam envolver, Kal nesta situação, pois sua presença sem poderes poria em risco tudo aquilo que havia sido criado para consolidar o futuro no qual vivem.

Eles fogem pra Collu, planeta natal de Brainiac 5. A fim de que ele possa revelar seu plano, porque foi somente por causa de sua mensagem que o Azulão viajou pra lá.

Depois de uma tremenda confusão causada pela Legião dos Heróis Substitutos, do Polar. Descobrimos que Solar estava aprisionado numa máquina. Culpa do Terráqueo e por causa disso o sol estava vermelho.   

Superman entra numa ofensiva direta contra o Terráqueo mesmo ele tendo praticamente todos os poderes da Legião. Ele estava prestes a matar o Super, porém na hora certa o sol volta a ficar amarelo (restituindo os poderes de Kal).

Finalmente o Terráqueo é vencido enquanto sua Liga também foi derrotada. A parte mais interessante nesta história é que mesmo sem poder algum o Azulão segue enfrentando as adversidades e lutando pra manter seu ideal de vida.

No final há um clima de nostalgia, pois Kal está em Smallville exatamente no mesmo lugar que encontrou a LSH pela primeira vez.

Podemos analisar também esta história pelo ódio e intolerância extrema que há na humanidade atual seja por racismo, homofobia ou religião. Em pleno século XXI é lamentável que ao invés de cuidarmos do nosso planeta estejamos destruindo-o e a nós mesmos também.


Até o próximo texto.