quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Eu Odeio o Homem de Ferro



 Tony Stark é um empresário, cientista e milionário que afirma ser, “um homem a frente de seu tempo”. Em visita ao Vietnã acionou acidentalmente uma armadilha  acabou sobrevivendo a explosão, mas estilhaços da bomba alojaram-se em seu peito.
Feito prisioneiro, desenvolveu uma armadura que funcionava como suporte de vida e, mais tarde para combater o crime.

De posse deste exo-esqueleto Tony pode voar, disparar raios e ter superforça.  Através dos anos em paralelo ao  avanço da tecnologia sua armadura também evoluiu, pois hoje Stark pode estar conectado com qualquer rede seja satélite, computadores ou celulares. Ele é tipo um Howard Hughes das HQs.
Confesso que odiei a Guerra Civil (2006/2007),na história devido a um trágico desastre monumental feito por um grupo de pseudo super- heróis. O governo americano impõe uma lei de registro para todos os heróis.

Por mais que a competência seja demonstrada no roteiro de Mark Millar  e na bela arte Steve McNiven. A trama é muito extensa tendo desdobramentos em várias outras publicações isto tornou nossa leitura cansativa. Só acompanhei mesmo a série principal em sete edições com cenas muito bem elaboradas e deixei as outras revistas de lado.

Então temos a comunidade heroica dividida em duas: os que são a favor do registro, liderados pelo Homem de Ferro. E  temos a Resistência facção que acha que o registro é uma opressão aos seus direitos cívicos, comandada pelo Capitão América que acabou virando um renegado.

 Guerra Civil concluiu com a ascensão de Tony Stark e mostrou que Steve Rogers sempre luta por aquilo que acha certo fato que culminou em sua trágica morte.

 A volta do personagem ao topo se deu pela ótima atuação de Robert Downey Jr., no longa cinematográfico, de 2008. E culminou no longa dos Vingadores (2012).

No filme Tony age como herói apenas para saciar sua vaidade, pois foi traído em sua empresa de fabricação de armas por Obadiah Stane. E após presenciar toda destruição causada por sua ganância utiliza sua armadura para o bem maior.

O Homem de Ferro pode até fazer um sucesso nas HQs, porém não era um herói conhecido pelo grande público. O filme de Jon Fraveau que atuou como o motorista Happy Hogan (fiel braço direito do personagem nos quadrinhos) tem um roteiro consistente aonde seus personagens transitam pela ação e humor deixando-nos á vontade para curtir os efeitos especiais.

O sucesso da franquia do Homem de Ferro  também se deve ao inegável carisma de Downey Jr., pois sua personificação quanto ao herói está perfeita.

Downey Jr. está para o Homem de Ferro assim como Chris Reeve para o Superman ambos conseguem traduzir bem seus  personagens. Aliás Robert Downey Jr. elevou o status do Homem de Ferro para ícone pop.

Assim como Tony salvou a vida de Downey Jr.  sendo este um dos raríssimos casos em que a vida imita a arte.

Robert criou uma personalidade ímpar em sua atuação nos apresentando um playboy, rico e rebelde.  Seu Stark é genial, irônico e fanfarrão fazendo-nos apreciar seu personagem e  até querermos ser como ele rodeado de belas mulheres.

Houve uma salvação para ambos, porque o ator não estava mais fazendo sucesso e o personagem mesmo sendo da primeira linha da Marvel não consegue estar sempre no topo como por exemplo: o Homem-Aranha.

A interpretação de Downey Jr. lembra bastante a HQ “O Demônio na Garrafa”, publicada originalmente em Invincible Iron Man #128, novembro de 1979. Um bon vivant que não funciona sem uma garrafa de whisky na mão.

A luta de Tony com o álcool é  a coisa mais marcante nesta história que já li em minha vida. Isso demonstra a inteligência de Stan Lee em imprimir nos seus heróis da ficção diversos  problemas reais. Aspectos do cotidiano aos quais nós sempre iremos nos identificar e encontrar algo semelhante pelas ruas.

Nesta inestimável história Stark descobriu que a agência governamental S.H.I.E.L.D. estava agindo por baixo dos panos para adquirir parte do controle das Indústrias Stark, garantindo assim o desenvolvimento de armas para a agência.

Em paralelo, o magnata Justin Hammer contrata inúmeros super-vilões para atacar tanto Stark quanto o Homem de Ferro. Em uma tacada final, Hammer assume o controle da armadura do Homem de Ferro e força Stark a matar um diplomata em frente às câmeras de TV de todo o mundo. Era o golpe que faltava para levar o herói para o abismo sem fundo que foi o álcool.

 A HQ, que teve a impressionante arte de John Romita Jr., e mostrava um Stark amargurado, que se sentia abandonado por todos. Embriagado, o playboy assume o manto do Vingador Dourado apenas para perceber o quanto a bebida o estava atrapalhando. Porém, com a ajuda da namorada Bethany e do mordomo Jarvis, o herói recuperou as forças para enfrentar o vício e os inimigos.

 Tony Stark é convencido, arrogante e obtuso na maioria das vezes. Apesar de já ser rico ainda ampliou sua fortuna tornado-se um empresário do setor armamentista.

Stark enriquece através da desgraça dos outros, pois a indústria bélica é alimentada por vários motivos. Conflitos territoriais, conflitos religiosos, étnicos. Alguns ocorrem mesmo por ignorância. Algumas guerras são em prol de mudanças políticas.

É difícil explicar ou até entender porque que existem guerras, mas elas estão aí para demonstrar que nunca haverá um fim pra este ódio inerente a raça humana.

Durante a Guerra Civil Tony ajuda a família de Peter Parker e deu uma armadura para nosso herói (Aranha de Ferro). Peter virou um assistente pessoal dele em agradecimento, mas teve que revelar sua identidade secreta em público. Fato que causou uma reviravolta enorme na vida do aracnídeo deixando-a de pernas pro ar.

Tony manipulou Parker desde o princípio, pois essa era sua verdadeira intenção. Na verdade fiquei espantado em saber como engana as pessoas para conquistar seus objetivos e passei a odiar o Homem de Ferro por isso.

 Desde então eu não consigo mais achar o herói interessante mesmo com todos os seus problemas  e histórias clássicas. Gosto da atuação de Robert Downey Jr. e nada mais.

Fonte de Pesquisa: Omelete e Herói X.