A recente
mudança no status quo do Lanterna Verde original Alan Scott gerou um alarde que mobilizou não apenas a internet, mas
a mídia falada também (TV). Divulgaram que era Hal Jordan o herói modificado mais depois tiveram que acertar o que haviam comentado. Sem falar que diversos fãs de HQs ao redor do mundo
demonstraram sua indignação perante o ocorrido.
Do meu ponto
de vista o problema não foi ter mudado sua opção
sexual, por que pra mim tanto fez ou tanto faz. O que me chateou foi não
terem respeitado a longa trajetória do herói nos gibis.
A DC pegou um herói não muito importante do seu
panteão e resolveu muda-lo. Bom, já fizeram isso dezenas de vezes, porém desta
repercutiu de uma maneira nunca vista antes.
Heróis
assumidos existem vários, mas acho que a editora quis apenas aparecer em sua
extrema e acirrada concorrência com a Casa
de Ideias. Outra coisa bastante criticada é a mudança de personagens
brancos tornarem-se negros. Vou pelo mesmo lado pra quê?
O mais
recente foi Perry White que em Superman:
O Homem de Aço será interpretado pelo excelente ator Laurence Fishburne. Poderiam colocar o repórter Ron Troupe seria bem
melhor, pois é um personagem que ganhou certa relevância nos gibis do kriptoninano.
Lembrando
também que na época do filme do Demolidor o vilão Rei do Crime foi vivido pelo
saudoso ator Michael Clark Duncan que
recebeu duras críticas por conta disso, mas sua atuação foi ótima e impecável. A verdade é que ambas as editora querem
incluir as minorias em suas revistas, pois é um público que compra e gosta dos
personagens.
Quando Hal
Jordan soube que John Stewart seria convocado para ser seu substituto ele não
gostou da ideia. Demonstrando um preconceito para o fato, mas John ao longo
destes mais de 40 anos de existência é um dos melhores LV da Tropa.
No selo
Milestone da DC surgiram dois heróis um foi o Ícon que atualmente está no limbo
e o segundo é o Super Shock que teve uma animação somente sua para brilhar. Na mesma editora
após os eventos dos Novos 52 o Multiverso voltou e nele há uma Terra aonde Calvin Ellis um
Superman negro a defende eu adorei a história é claro.
A Marvel
criou o Pantera o regente do reino de Wakanda um país fictício na África que
detém a tecnologia mais avançada do mundo inteiro. Sua inteligência rivaliza com Tony Stark e Bruce Banner. A ideia do Homem-Aranha
Ultimate Miles Morales mostrou que a editora está atenta ao mundo de hoje.
Ainda temos
Apolo e Meia Noite do grupo de super-heróis extremista Stormwatch eles são
cópias deslavadas de Superman e Batman e formam um casal assumido. A DC também
teve um herói homossexual o Extraño na minissérie Milênio que também foi jogado no
limbo.
Historicamente
tanto a Marvel quanto a DC criaram heróis caucasianos, porque antigamente a
maior parte do poder aquisitivo era deles, mas o mundo mudou e estamos em pleno
séc. XXI e eu gosto de ver que há personagens que refletem realmente a realidade e não uma parcela escolhida dela.
A inclusão
de personagens negros ou homossexuais (heróis ou não) mostra que o pensamento
das editoras mudou e estão querendo se adaptar pro que existe em nosso mundo. Do
meu ponto de vista o fato de mudar somente pra fazer escândalo ou estardalhaço
é querer brincar com a cara do leitor e já estava mais do que na hora de haver
mudanças concretas sobre isto.
Os fãs em
geral detestam mudanças drásticas em seu personagens preferidos. Mais sabemos
que tudo pode mudar novamente. O cenário das HQs é feito assim há décadas e se
prestarmos atenção “todos” os heróis evoluíram desde que apareceram.
Sejam
surgidos em 1938 ou 1960 ou 1990 eles não são iguais totalmente. Até nós mesmos
ao longo de nossas vidas sofremos transformações em nossa essência crescendo e
aprimorando conhecimento.
Eu
particularmente gostaria que “criassem” heróis negros ou homossexuais, pois
seria uma forma real de mostrarem que querem agradar seu público e não mudanças
polêmicas para chamarem os holofotes da mídia num dado momento.
Aproveitando o tema leiam esta matéria publicada no blog GdQ é excelente e elucida de maneira simples uma questão complicada, mas que não deveria ser vista desta forma.
Anderson. É claro que a editora quis chamar a atenção. O que é entretenimento para nós, fãs dos quadrinhos, é negócios para a casa das idéias e afins. Acho que nós é que devemos “quebrar” certos pensamentos conservadores de que as coisas são imutáveis. Neste aspecto, além do óbvio interesse de vendagens, vejo também que a idéia, pelo menos para mim fã dos quadrinhos que nem mesmo os super-herois são absolutos no que diz respeito a conhecerem a si mesmos a ponto de mudarem suas opções sexuais.
ResponderExcluirE Porque não? Será que nos conhecemos o suficiente para sabermos o que queremos e QUEM NÓS SOMOS? Não suporto mais perguntas idiotas de entrevistas de emprego: “Como você se define?” eu me defino como “indefinível” uma vez que não me acabo em mim, mas no outro. Na outra coisa. Em tudo e no nada.
Quanto à questão racial. Como você mesmo disse. O interesse seria cativar um publico socialmente discriminado que segundo você diz é o mesmo publico que mais consome quadrinhos. A solução foi dada por você mesmo e me admira você se negar as mudanças especialmente no que diz respeito às questões “polêmicas” que é a simples mudança de personagens antes brancos para agora negros. Se fosse do contrário, alguém iria reclamar? John Stewart fez mais sucesso que o Lanterna Hal Jordan ou foi Kyle Rayner que conguistou um maior publico por ser jovem e talentoso desenhista plástico? Coloque estes três personagens em uma ordem de preferência que o publico de fato escolheria, mas se pergunte, “POR QUE ESCOLHERIA?” pergunte-se, mas sem hipocrisias. De qualquer forma, você não vê que há hoje uma visibilidade maior quanto às várias etnias que são constantemente debatidas no cenário político- social? Você acha realmente que criando hoje um personagem com novos poderes (ou poderes mixados de outros) de pele negra, amarela ou “parda” (latina?) iria mesmo fazer o mesmo sucesso que o Superman? Não seria mais rendoso e muito mais interessante para nós, fãs dos quadrinhos, oriundos das classes operarias, e de etnia afro descendente, nos olharmos no espelho e vermos que estamos mais próximos de um Peter Parker ultima versão ultimate?
Liberte-se dessas convenções Anderson. Liberte sua mente. Não seja mais um conservador.