segunda-feira, 27 de maio de 2013

De Zod para Kal-El

Henry Cavill parece estar à vontade interpretando essa nova versão de Super Homem em O Homem de Aço . Mas, assistindo ao novo trailer do longa intitulado de O Destino do Seu Planeta, outro ator "rouba" para si nossa atenção. Ele é Michael Shannon e ele atua como General Zod. Shannon arrepia no novo trailer, e traz uma versão repaginada, contundente e vigorosa do vilão kriptoniano e terá oportunidade de ficar imortalizado na galeria de atuações brillhantes como ficou Ledger como Coringa.
O novo vídeo se afasta do sentimentalismo presente nos trailers anteriores e eleva a tensão. Imponente e em tom ameaçador, Zod coloca o destino da Terra nas mãos de seus habitantes.
Eis o discurso de Zod presente no trailer:
Vocês não estão sozinhos.
Meu nome é General Zod.
Eu cruzei um oceano de estrelas para chegar aqui.
Seu mundo abrigou um de meus cidadãos.
Ele parece com um de vocês.
Mas ele não é um de vocês.
Para aqueles que conhecem o seu paradeiro.
O destino do planeta está em suas mãos.
Para Kal-El, eu digo isso...
Renda-se em 24 horas...
...Ou veja esse mundo sofrer as consequências.


Alex Sandro Franco








Estigmatizados



O novo filme do Wolverine me lembrou um fato interessante os atores que alcançam sucesso ao interpretarem super-heróis ficando icônicos por conta de suas representações.

Interpretar um super-herói num filme é algo que levanta (ou derruba) a carreira de um ator, mas infelizmente após isso alguns ficam marcados. E suas carreiras artísticas não conseguem desempenhar o sucesso almejado.

Só em pouquíssimos casos isto não influencia em nada. Talvez a situação mais importante e marcante quanto a isso foi o caso de George Reeve, o Superman da série televisiva dos anos 50 que infelizmente viu sua carreira naufragar após ter envergado o manto azul e a capa vermelha.  Dizem a lendas que as pessoas riam de sua aparição ao se recordarem que havia feito o kriptoniano. E seu final trágico até hoje carece de uma explicação razoavelmente plausível.

Outro Superman marcante e este eu não poderia deixar de falar foi Christopher Reeve que sofreu um acidente quando praticava equitação e ficou paralítico. Sua presença como Superman é tão envolvente quanto sincera, pois é impossível não acreditar que ele é o Homem de Aço. Chris demonstrou ser um herói da vida real quando lutou pela utilização das células tronco para recuperar pacientes que estavam na mesma situação que ele. 

Desde que Bryan Singer dirigiu o primeiro X-Men, temos Hugh Jackman como a encarnação perfeita do mito Wolverine. São mais de dez anos dedicados á um só personagem e minha pergunta é até quando?

Sim, por mais que eu goste de vê-lo no papel todos nós sabemos que Logan é praticamente um imortal ( assim como todo personagem de HQ). O caso é que Jackman em algum momento  vai ter que dizer não posso mais, pois a idade tá chegando.

Infelizmente temos que pensar desta forma. Olhem quantos Supermen, Batmen e James Bond já tivemos na telona? São casos claros demonstrando a intenção que o personagem fica e ator sai.

Continuando David Duchovny ficou mundialmente conhecido  quando interpretou O Estranho Mulder da série paranormal Arquivo X. A série contava as aventuras de Mulder ao lado da Agente Scully interpretada pela linda Gilian Anderson aonde fatos fora do comum eram investigados.

A tônica entre a veracidade do ocorrido presenciada por Mulder contra o ceticismo científico de Scully tornou Arquivo X um dos maiores sucessos de sua época. E então de repente Duchovny num acesso de estrelismo quando a série estava no auge largou-a para tentar brilhar em outras paragens.

Sofrendo com um grande balde de água fria atuando no ridículo Evolução, mas voltando ao ápice na ótima série Californication (que infelizmente assisti poucas vezes).

Outro que ficou marcado foi Ben Affleck que ganhou o Oscar pelo filme Argo, mas amargou pesadas críticas em Demolidor. Na história tivemos condensados 40 anos da existência do Homem Sem Medo  mostradas de uma tacada só. O fato de ter dois vilões (o Mercenário e o Rei do Crime) juntando a morte da heroína Elektra resultou num fiasco enorme.

Estive revendo o longa há pouco tempo atrás e analisando friamente não é ruim, pois os efeitos especiais são bons, a caracterização dos personagens estava ótima, o filme é leve e repleto de ação nos momentos certos,  mas o grande problema é que quiseram mostrar coisas demais num só filme. E isto infelizmente estragou tudo.

Bom, houve boatos na web que Affleck iria dirigir o futuro longa da LJA graças á Deus que isso não aconteceu, porque a DC precisa encontrar um diretor que seja além de visionário um fã dos personagens para transpô-los da melhor maneira possível pra telona.

A franquia do Cabeça de Teia com Sam Raimi deu certo por conta disso mesmo com aquelas horríveis teias orgânicas. E  do meu ponto de vista é preciso planejar bastante para que não lancem somente por que Os Vingadores fez sucesso de crítica e principalmente de bilheteria.

Voltando, e agora temos Robert Downey Jr. num raríssimo caso de vida imitando a arte, pois enquanto Downey Jr. salvou o Gladiador Dourado, Tony Stark salvou Downey Jr.

 A  verdade é que Tony Stark não era um herói conhecido do grande público até o ator interpretá-lo e transformar o Homem de Ferro em ícone pop. É chover no molhado dizer isso?  Sim, porém foi  assim que aconteceu não há como se enganar.

Podemos notar pelas ruas mais pessoas usando a camisa do Vingador Dourado fato que era raríssimo tempos atrás. E agora teremos a pergunta até quando o ator irá interpretar o latinha?


A idade está chegando e não é qualquer ator que consegue ou quer manter o ritmo desenfreado de estar num filme de ação. Será que o  Tony Stark de Downey Jr. ficará marcado pra sempre  como o James Bond de Sean Connery?

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O Perigo da Nostalgia




Nós que gostamos de animes, desenhos e gibis sempre falamos que na nossa época tudo era melhor ou que havia algum desenho específico da nossa infância que era bom até dizer chega.
Mais quando temos a oportunidade de revê-lo cai um balde de água fria em nossa cabeça. Tipo cadê aquilo tudo que eu via antigamente? Ser criança tem dessas coisas é igual Backiardigans assim que comecei a colocar pro meu filho assistir eu odiava toda aquela cantoria, danças e colorido.

Mais depois de acompanha-lo diversas vezes passei a gostar dos personagens, porque Backyardigans mistura em suas danças os mais variados estilos musicais como: salsa, merengue, mariachi, jazz, rock anos 60 e até a música indiana.

 E isto me surpreendeu porque demonstra o universo infantil de maneira clara Pablo e cia vão para todos os lugares maravilhosos seja no fundo do mar, no centro da Terra, no espaço longínquo, vivendo como cowboys, enfrentando alienígenas ou virando super-heróis.

Estas inúmeras situações acontecem apenas no quintal de suas casas, pois viajam sem sair de lá. É justamente na imaginação um lugar tão fértil na mente de uma criança que cabe o universo inteiro e muitas outras coisas que nós não imaginamos.

O problema é que nós adultos (pelo menos a grande maioria) já esquecemos que fomos crianças e isto em alguns casos gera algum tipo de conflito. Criança é tudo aquilo que nós fomos e adultos é tudo que ela poderão se tornar. É um ciclo inquebrável e não é á toa que Peter Pan não deseja crescer.

Bom, aqui vai um exemplo meu amigo JC Anjos me emprestou há algum tempo atrás O Pirata do Espaço que foi um grande sucesso quando esteve no ar quando éramos mais jovens. Na animação o cientista  Professor Yan foi obrigado a construir uma nave de combate superior á qualquer outra para o Imperador Geldon.  O Professor foge ao concluir a nave levando consigo sua filha Rita, mas é atingido por um tiro e manda a moça fugir sozinha.

Rita estava ferida á bordo do Pirata e a nave vindo em direção ao nosso planeta cai perto da Base Akane. Logo á moça é salva pela turma do  Professor Tobishima e seu protegido o intrépido piloto Joe Kasaka.

 Quando Rita começa a se recuperar conta a história de tudo que aconteceu só que o Imperador quer  o Pirata de volta pra poder conquistar nosso planeta e envia vários robôs-bombas para concretizar tal intento.
Joe vira piloto da nave ao lado de Rita para defenderem a Terra. Isto é o Japão, pois como estamos cansados de saber tudo quanto é monstro ou vilão desce na Terra do Sol Nascente para tentar conquistar o mundo, não sei porque?

Eu adorava quando o Professor Tobishima dizia: “Joe! Rita! Preparar o Pirata do Espaço” e então a rampa subia de baixo d’água com uma música de fundo para a nave decolar. E então vim pra casa super feliz com o DVD nas mãos e coloquei pra assistir e reencontrar uma parte emocionante do meu passado.

Quando comecei a rever achei o anime arrastado e a sequência de transformação de nave para robô (que eu adorava demais) me encheu a paciência ao notar que as naves inimigas ficavam “esperando” aquilo tudo pra poderem atacar e ser derrotados que decepção.

Vou ser extremamente sincero não deixei de gostar do Pirata do Espaço faz parte da minha vida. No entanto aprendi que há certas coisas que é melhor deixarmos no passado para assim poder preservar melhor nossa memória.

Outro fato que despertou a minha atenção foi a volta do palhaço Bozo (“alô criançada o Bozo chegou trazendo alegria pra você e vovô...”). Inicialmente aos sábados um novo artista assumiu a cabeleira vermelha e os sapatos longos do antigo mito dos anos 80.

De repente no Bom Dia & Cia o Yuddi que comandava o programa infantil ao lado da Priscilla simplesmente deu puff e sumiu. Eu não sei se retiraram ou despediram ou substituíram o rapaz na maior cara de pau mesmo, porque logo o palhaço ressurgiu como uma fênix das cinzas do passado.

Lembro que meus amigos e eu comentávamos que havia 3 atores que interpretavam o palhaço e que um deles até morreu (agora não sei se isto é verdade ou mito).

O fato é que para muitos iguais a mim ver o programa do Bozo era poder sentar á frente da TV  curtindo Spectreman e Ultraman dois dos maiores heróis nipônicos já criados e extremamente cultuados por aqui e no mundo todo.

O Bozo apresentava-se ao lado de seu fiel ajudante o garoto Juca e teve uma animação sua que eu adorava muito na época. E hoje revendo-a notei é que muito ruim e chata ao extremo.  Como é que eu pude ter gostado de um desenho daquele? Criança se engana á toa podemos realmente constatar isto.

 Desta vez não vi o palhaço com ar de nostalgia mais de comparação e senti a  diferença, porque o programa não me empolgou em nada.

Acho que na verdade nem deveria, pois é feito para crianças mais achei e ainda acho este novo Bozo fraco pra caramba, pois soa falso e forçado não é “natural” como antigamente. Porque será que me sinto no direito de julgar? Não sei e não entendo apenas estou desabafando.

Eu adorava ver o momento que o Bozo perguntava: “Papai Papudo que horas são?” no que ele respondia: “são 5 e 60 falta um minuto pra daqui a pouco”. Eu gostava até do rabugento do Salsifufu vivido pelo saudoso Pedro de Lara e ainda tinha a Vovó Mafalda do também falecido Valentino Guzzo.

 O carisma dos atores anteriores era enorme são momentos que marcaram toda uma geração de crianças que hoje são pais e mães.

É como eu disse no início do texto a nostalgia é um perigo e precisamos tomar cuidado com ela. Eu sou um nostálgico incorrigível, pois não tenho mais jeito.

Sigo meu caminho corajosamente vivendo e convivendo com minhas lembranças sendo retiradas lá do fundo do baú. E me surpreendendo ao encontrar com elas.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Polêmica: réplica para um amigo

Caro amigo Anderson.
A intenção desse texto não é criar conflito. Minha opinião não é melhor que a sua. Me permita discordar e não se sinta ofendido. Não pense que eu e JC Anjos estamos conspirando contra suas ideias.
Caro amigo Anderson.
Quando te perguntei: "Porque Alan Scott não pode ser gay?"
Você respondeu: "Qual foi o momento no texto em que eu disse que Alan Scott não pode ser homossexual? Você se equivocou quanto a isso, pois eu fui bem enfático em dizer que estava abordando a polêmica como a DC conduziu o fato. Será que não deu pra enxergar isto no texto?"
Caro amigo Anderson, quando você escreve um texto e publica na web a exposição é inevitável. Eu sou seu amigo, mas antes de tudo sou leitor. E é o leitor que dá vida aos textos. O que seria dos textos sem os leitores?
O leitor nunca está equivocado. O leitor interpreta o texto da maneira como ele quer.
Vou usar um bordão: "O cliente sempre tem razão". E o leitor dos nossos textos são nossos clientes. Ou estou "equivocado"?
O indicado seria uma reflexão: "O que levou Alex a me perguntar isso?" 
"Eu deixei isso transparecer no texto?" 
Não diga que estou equivocado, ou que não enxerguei o texto. Cabe ao escritor o trabalho de criar textos claros. Assim, a leitura será fluida e sem dificuldade de entendimento.
Caro amigo Anderson, não tenha medo de ser um conservador.
Não tenha receio de opinar sobre Alan Scott.
Leia suas palavras: "Do meu ponto de vista o problema não foi ter mudado sua opção sexual, por que pra mim tanto fez ou tanto faz. O que me chateou foi não terem respeitado a longa trajetória do herói nos gibis."
Você diz que tanto fez ou tanto faz, mas depois diz que ficou chateado. Afinal qual é sua posição?
Você acredita realmente que transmitiu clareza?
Outro fato que te questiono: Porque Perry White não pode ser negro? O Rei do Crime foi. Eu confesso que discordei na época. Alías, todos discordaram. Mas se o filme do Demolidor tivesse sido bom, ninguém iria reclamar dessa mudança, ou seja, iríamos aceitar. O filme foi ruim, e sabemos que a razão ou as razões do insucesso são outras.
Atualmente, para mim, o mito é que interessa.
O que o Superman representa é muito maior do que um Perry White negro. 
Se o novo filme do Homem de Aço me deixar extasiado como Os Vingadores deixou, podem até transformar a Lois Lane em nigeriana.
Não importa quem vai interpretar tais personagens 
O mito Superman está além disso. O próprio Superman pode ser negro, asíatico, índio...para mim, leia bem Anderson, para mim, não importa mais. 
Não quero dizer com isso que sua opinião está equivocada. Não leve para o pessoal.
O mito, a essência do que Superman significa, essa não deve ser alterada. Mas a cor de pele, a raça ou nacionalidade não importa. 
Caro amigo Anderson, não fique chateado comigo nem com JC Anjos.
Apreciamos a discussão. Isso é saudável. Não temos intenção de desrespeitar seus escritos.

Alex Sandro Franco