Esta edição
consegue ser mais complexa, sinistra e surpreendente do que a anterior.
A HQ tem
vários momentos alucinantes que me fizeram ficar de queixo caído como: o todo
poderoso Adão Negro sendo destituído de seus poderes, Billy
Batson tendo uma conversa franca com o Capitão Marvel horrorizado
quanto as atitudes violentas dos heróis da LJA.
O Flash tem
outro momento memorável quando está jogando xadrez com Kal (é um diálogo
simplesmente fantástico!).
O melhor
momento de todos foi ver Kal arrasando com Kalibak e a cara de
assustado dele ao notar a verdadeira mudança na forma do Azulão agir.
Confesso que
fiquei estarrecido na primeira edição com o Super cheio de ódio retirando o
coração do Coringa, mas tenho certeza absoluta que ele mereceu.
Na verdade
havia aquele eterno jogo de gato e rato entre heróis e vilões. Eu notei que os
vilões sempre aprontavam de tudo como: roubar, matar entre outras coisas
enquanto o herói apenas o mandava pra cadeia (e daí começava tudo de novo).
Injustiça
mudou radicalmente o status quo dessa balança e pra mim ficou
ótimo demais.
Kal culpou
Bruce por não ter antecipado os planos do Sr. C (e assim
evitar a morte de Lois e do seu filho).
Mais agora a
situação desce ladeira abaixo de uma maneira tão vertiginosa quanto
envolvente.
O Superman deixou
de ser aquele homem altruísta que servia de inspiração pra todos e tornou-se um
déspota controlador impingindo e forçando ao mundo suas vontades.
Kal está
fora de si, pois o luto e a dor da perda nublaram sua visão de tudo
transformando-o num homem amargo, rancoroso e totalmente cruel.
A aventura é
pesada tanto no aspecto visual quanto psicologicamente. Batman e seus aliados
tentam evitar que Kal destrua o mundo, massa tarefa não é tão fácil assim.
Podemos notar
também a morte violenta e sem sentido de alguns heróis do panteão DC e não vou
comentar quem são (só pra não estragar a diversão e a emoção de quem quiser
ler).
Outro
aspecto importante desta história é concentrar-se no aspecto da família. Seja
na perda do Superman, no tratamento de Oliver e Dinah, na forma como Alfred protege
Bruce.
E até no
relacionamento conturbado entre Damian e Bruce que foi algo
muito inusitado pra mim.
Injustiça:
Deuses Entre Nós vol. 2 é uma aventura que contém um nível altíssimo de adrenalina, drama e
violência no roteiro de Tom Taylor.
Porém como
na edição anterior repetiu o mesmo erro de colocar
diversos artistas ilustrando-a. Somente esse erro foi o que infelizmente deixou
a desejar, pois vale a pena passear por suas páginas.