segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Analisando Superman



Clark Kent é o alter ego do kriptoninano, pois na maioria das vezes Clark é mostrado sendo desajeitado, tímido, atrapalhado e bobo, mas é um repórter rápido, perspicaz e inteligente.

Ao mudar para Superman torna-se altivo, confiante, galante e sempre toma conta da situação. É óbvio que a identidade civil de Kal-El serve para não ficar a todo momento de capa e colant, porque este é seu grande truque não parecer que não tem uma identidade secreta.

O que eu não consigo entender é porque Superman sendo tão poderoso se esconde numa figura tão risível quanto Clark Kent?

Na verdade pra mim Superman vê a humanidade num todo como se fossemos Clark Kent, (sendo atrapalhada e desajeitada), ou ele têm um enorme complexo de inferioridade.

Mesmo sendo possuidor de poderes inimagináveis Kal sente-se diminuído perante o ser humano, justamente, por ser um alienígena entre pessoas comuns.

O Homem do Amanhã se vê obrigado a proteger-nos por achar que somos frágeis e fracos. E só por isso dependemos de sua condição de salvador da humanidade.

Na clássica HQ “Para o Homem que tem Tudo”, Kal-El deseja  ter uma família. O herói mais poderoso dos quadrinhos deixou o fardo pesado de carregar o mundo nas costas que naquele momento não existia.

Então notamos que lá no íntimo de seu coração o Homem do Amanhã quer apenas viver com sua esposa e cuidar do seu filho. Fato “normal” e extremamente comum a qualquer ser humano.

O que mais me fascina na personalidade de Clark é esse jeito pacato de homem do interior. O grande grau de importância desta educação veio de Jonathan e Martha que moldaram sua personalidade desde pequeno.

Tornando Clark totalmente o oposto de Bruce Wayne, por mais que ambos sejam órfãos, a perda trágica de Bruce deixou uma amarga ferida pro resto de sua vida.

 Superman é um alienígena entre nós apenas, porque, não nos aceita como somos.

 É devido ao seu caráter interiorano junto a uma visão simplista de que a humanidade pode melhorar que nos conduz como se fôssemos crianças mostrando o caminho para ser trilhado.


O que me intriga é será que Kal realmente aceita a condição humana de sermos falhos?

Arduamente ele protege a humanidade dos nossos problemas, pois na verdade têm medo de nossa beligerância. E assim com seu eterno ato de compaixão também não nos deixa livres para evoluir por nossos próprios meios.

Superman é o mito do homem perfeito. Será que a humanidade poderá caminhar para futuramente um dia termos um mundo de Super-Homens?

Particularmente acredito que nós nunca iremos crescer para ter dons iguais ao dele. A humanidade tem constantemente destruído o meio ambiente poluindo o mar, o ar e destruindo as florestas.  Como a humanidade poderá viver se não mantiver os meios de nossa subsistência?

A Rio + 20 foi um fracasso, pois não obteve resultados consistentes para uma real e possível melhoria na questão do colapso ambiental que estamos vivendo.

Diferente dos kriptonianos que atingiram um estado de perfeição física e mental que veio agregado a um mundo aonde a natureza convivia em quase harmonia com o desenvolvimento tecnológico.

Superman é um exemplo a ser seguido e além disso continuará sendo inalcançável.

No entanto não falo de seus poderes físicos, mas de seu impactante código moral: verdade e justiça que é difícil de vive-lo na prática conturbada de nosso dia a dia.

domingo, 14 de outubro de 2012

Por que as pessoas que lêem quadrinhos sempre estiveram associadas a idéia de imaturidade e vagabundagem por parte de outras pessoas?



Eu lembro bem quando pré-adolescentes, meus amigos e eu amávamos o mundo dos quadrinhos. Amor esse que se perpetua até hoje apesar do tempo de leitura não ser mais o mesmo de outrora, mas que mesmo assim mantemo-nos atualizados graças as adaptações à telona.
Naquele tempo foi esta a afinidade que nos uniu. E esta afinidade foi revelando tantas outras afinidades com o passar dos anos consolidando ainda mais nossa amizade e perpetuando ainda mais o nosso amor pelas HQs.

Fazíamos nossas próprias histórias em quadrinhos. Criávamos personagens de nossa própria autoria em uma época em que, fechados em nossos mundinhos infanto-juvenis, não tínhamos a menor ideia por não termos conhecimento de que ali também praticávamos a estética do fanzine.

Porém toda essa intensa troca lúdica com meus amigos teve um preço alto em nossa caminhada a adolescência. Éramos considerados nerds em uma época em que sequer existia tal palavra em nosso dicionário. Ao menos em nossa Rua – e isso já nos bastava por que era o único mundo que conhecíamos – éramos vistos pelas meninas da nossa idade como um bando de imaturos e alienados.  Pelos pais destas meninas éramos taxativamente considerados vagabundos.

É verdade que os tempos mudaram e hoje os quadrinhos são vistos como mais uma ferramenta de estimulo a leitura e a isso considero legitimo porque boa parte de minha formação literária deve-se inicialmente aos quadrinhos. Se hoje Oscar Wilde, Hermann Hesse e Augusto dos Anjos entre tantos outros fazem parte de minha biblioteca é porque Turma da Mônica, Disney, heróis da Marvel, DC e Vertigo existiram bem antes.


Mas ainda assim o conceito de HQ não é visto como arte propriamente dita. Boa parte desse conceito é moldada como arte ordinária ou simples mídia de entretenimento (kitsch). Concordo que pelos mesmos preceitos que discuti em texto anterior, o mundo dos gibis, de acordo com suas editoras obedece a um mercado consumista. Por outro lado sem a internet como conseguiríamos ter contato com gibis estrangeiros em outrora sem este sistema de consumo? De uma forma ou de outra a popularidade dos quadrinhos se deu por este mercado e agora com a democratização da internet podemos nos manter atualizados.

Quais seriam os critérios usados para definirmos que as HQs respondem ou não correspondem a “arte pela arte”? Com certeza não seriam as graphic novels que responderiam tais questões embora muitas dessas edições mereçam, pelos seus artistas e roteiristas, tais considerações devido a seu estilo.  A questão é bem mais complexa e discutível que isso.

Mas é justamente nos estratos mais altos de nossas sociedades que objetos de arte fazem parte de um publico que consomem cada vez mais tais objetos. Às vezes nem sempre com admiração estética como de praxe, mas como meras peças ornamentais. Que possuem função apenas para servir de exibição ostentatória a outros em sua sala de visitas.

As HQ’s não obedecem estes seguimentos. Julgo que nem objetos de arte também deveriam. Voltada mais para função informativa e mero entretenimento ela, a HQ,  é vista em muitos outros países como objeto estético. Ou seja, sua apreciação gráfica é colocada como objeto de arte para um publico específico não necessariamente o de galeria. Ainda assim esta arte é apreciada com a mesma contemplação estética. O que dizer dos magníficos traços de desenhistas como Dave Mckean, Bill Sienkiewicz, Frank Miller, David Mazuchelli e tantos outros. Sem falar no âmbito literário como os roteiristas: (o próprio) Frank Miller, Neil Gaiman, Allan More, etc...

Apesar de que as HQs tenham mesmo chegado a este estado de contemplação como objeto de arte entre muitos admiradores, elas ainda encontram resistência nos meios acadêmicos onde elas quase não são mencionadas e quando são é simplesmente para explorá-las ao conceito de Kitsch como arte efêmera.

Talvez porque de fato tal expressão como mídia não faça parte do mercado em que as cifras estratosféricas determinam “o que é de bom gosto” e “o que não é de bom gosto”. Pergunto-me: será que maioria dois intelectuais, admiradores da “boa arte” de fato foram formados por toda a sua vida por livros acadêmicos romances clássicos de nossa literatura universal sem nunca terem acrescentado nenhuma revistinha em quadrinhos em seu cardápio erudito? Eu não acredito.

Mas enfim, ainda nos deparamos com o preconceito daqueles que acham que histórias em quadrinhos são feitos para Nerds.  Talvez não mais ligado a vagabundagem como foi no meu tempo. Mas ainda a imaturidade permanece ligada nesta figura do nerd alienado e anti-social e por isso imaturo como um garoto de cinco anos. Será?

De minha pessoa garanto que boa parte de minhas decisões adultas foram tomadas com o mínimo de inspiração aos arquétipos que ainda alimento em meu imaginário. Estes arquétipos são meus heróis e vilões de HQs.  E se por acaso, muitas dessas decisões e atitudes foram tidas como loucas ou imaturas, é porque foram julgadas segundo categorias impostas por uma realidade que se leva a serio demais. Quero deixar claro aqui que não se trata de negação da realidade, mas apresentar aqui uma visão alternativa que talvez possa salvar o mundo deste caos e absurdo às avessas que aqui estamos submetidos. Isso sim, não nego em dizer que seja um desejo utópico.  







sábado, 13 de outubro de 2012

Demolidor e a Sétima Arte: Uma Desarmonia.






Ben Affleck recentemente deu a seguinte declaração: "Tive uma experiência negativa com a única HQ que eu gostava, já que o filme não funcionou. É uma pena, pois Demolidor é uma ótima ideia, uma excelente HQ e logo depois que o filme saiu começou a onda de fazer filmes de quadrinhos realmente bons, com investimento. Felizmente, eles vão fazer um reinício para a série. Chegaram a me chamar para ele, mas eu achei que não devia, pois não seria um reboot se eu estivesse ali".
Concordo com Ben Affleck, Demolidor é uma excelente história e o filme careceu de maior investimento. No entanto, a não funcionalidade do filme não está apenas na escassez de investimento dirigido ao filme. A escassez de investimento sempre se fez notória nas HQs do herói. Relegado a um segundo escalão Marvel. Demolidor já esteve por inúmeras vezes a ter seu título cancelado. Somente Frank Miller, para mim um gênio das HQs, conseguiu dar ao Homem sem Medo a sua devida importância.
Miller transformou o Demolidor de um personagem prestes a ter sua revista cancelada em uma referência dos quadrinhos. Miller transformou o Demolidor , e nos presenteou com um personagem complexo e voltado para um público mais adulto. Nas estórias de Frank Miller, Demolidor interagiu com prostitutas, assassinos de aluguel, mafiosos, psicopatas, mendigos etc. Demolidor atua em Hell`s Kicthen – conhecido por nós como Cozinha do Inferno.
Miller mergulhou o Demolidor num universo realista e assustador.  Só para reforçar a importância de Frank Miller: “A Queda de Murdock” é de sua autoria. Além disso, Demolidor é um herói isolado em seu universo, ou seja, é averso a interação com outros heróis Marvels. O que reforça minha opinião de que Demolidor está dentro de um universo complicado.
Depois de Miller, todos os outros escritores que trabalharam nas HQs do Homem sem Medo seguiram sua temática adulta. Diante dessa complexidade como fazer esse personagem “funcionar” no cinema?
Justiceiro e Motoqueiro Fantasma são boas HQs e gozam do mesmo problema: não funcionaram no cinema. Agora surge especulações de que a FOX lançará “ Demolidor 2: A Queda de Murdock” no cinema. Com certeza será um fracasso de bilheteria.
Sinceramente, não vejo Demolidor tendo sucesso em qualquer filme lançado. E não adianta tentarem dizer : “Nolan conseguiu fazer isso com Batman”.
Me desculpe a pretensão. Mas Batman em comparação a Demolidor tem um universo menos real e assustador. Traçando uma comparação: Gothan City  é o paraíso e a Cozinha do Inferno é o INFERNO. Batman ainda que seja um personagem sombrio é um personagem popular e é apresentado em diversos modos e múltiplas mídias. E Demolidor? Qual sua força frente às crianças e jovens? Um herói cujo nome é “Demônio Desafiador”  será bem recebido?
E o que fazer diante desse problema? Não investir? Não tentar? Bem...a minha opinião é que certos personagens não devem e nem precisam ir aos cinemas.
 Se a produção de um novo filme do Demolidor estiver atrelada apenas a uma questão de lançar para agradar os fãs do personagem e até aceitável a investida. Mas, se há intenção da FOX de angariar lucros exorbitantes o prejuízo será certo.
Há necessidade de investir em Demolidor 2?
Deem sua opinião.

domingo, 7 de outubro de 2012

Salve Thor!




Trovões bradam
Furacões se formam
Raios rasgam o céu
O imponente martelo surge
Glorioso Deus do Trovão estremeça os céus de Midgard
Glorioso Deus do Trovão desfile tua imponência nos céus de Asgard

Trovejante!
Em tuas veias corre o poder divino do senhor supremo
Odin!

Thor Odinson
Guie-me em vossas intensas batalhas
Permita-me ter a honra de lutar ao teu lado
Deixe-me reverenciar tuas vitórias
E mesmo que haja a vinda inexorável da morte
Irei com regozijo
Pois saberei que lutei convosco

Ah! Filho de Odin...
Como querias ter tua força
Tua coragem
Tua nobreza

Thor Odinson
Defendas Midgard com honra
És o mais poderoso dos Vingadores
És o mais majestoso dos Asgardianos
És tão virtuoso que só ti pode empunhar Mjolnir

Thor Odinson      
"Tu és o filho favorito de Odin! Além de Valente e nobre, tua alma é imaculada!" 
Midgard e Asgard te saúdam


Salve Thor !