A aventura “Desordem
no Edifício Mistério”, tem roteiro do consagrado Alan Moore, arte de Rich Veidt
e nanquim de Dave Gibbons.
Esse gibi
foi lançado em 1993 pela Image Comics e a parte interessante é que esta edição
se propõe a homenagear as histórias da Marvel
Comics nos anos 60.
É claro que
de uma maneira bastante óbvia o título já nos introduz a isso, porém há outros
elementos como: Afável Al Moore, Estrondoso Rick Veidt entre outros.
Outro fato
inegável é que a Incorporação Mistério é uma homenagem ao Quarteto Fantástico,
pois seu grupo foi baseado na primeira família.
Temos Homem de Cristal (Craig Crandall), Rainha de Neon (Jeannie Morrow), Garoto
Dínamo (Tommy Baker) e Planeta (Biff Baker).
Craig é o
líder do grupo e pode mudar seu corpo prara uma forma cristalina, Jeannie é
capaz de se transformar em vários tipos de gases, Tommy tem poderes elétricos e
seu irmão, Biff é membro com força descomunal da equipe.
Só pra
constar Crandall foi baseado no Reed, Morrow em Sue, Tommy no Tocha e Biff no
Coisa.
A trama já
começa com um ser invadindo as intalações do grupo, mas tudo não passava de um
teste de segurança.
E logo voltamos
ao passado, pois Jeannie relembra a origem da Incorporação Mistério quando
foram numa missão espacial investigar um enorme asteróide que estava próximo a
órbita terrestre.
Ao descerem
por uma escadaria encontraram estátuas de seres alienígenas gigantes e sobre
suas mãos que emanavam luzes ganharam seus poderes.
Um acontecimento
interessante foi o fato de já terem uma revistinha sobre eles (um aspecto que
nos leva pro mundo real). Outra coisa relevante foi o fato de Jeannie reclamar
de não ser um membro importante da Incorporação só pelo fato de ser mulher.
Se não me falha
a memória, a Mulher Invisível também teve esse mesmo problema há alguns anos
atrás.
A situação começa a ficar estranha quando a
Rainha de Neon detecta um intruso andando pra trás. Ela tenta detê-lo, mas não
consegue tornando-o mais forte e aciona o restante da Mistério.
Quando estão
em sua busca Craig, Jeannie e Biff sãpo atacados pelos dispositivos de
segurança do prédio, mas o que eles não sabem é que o Garoto Dínamo foi
captturado pelo estranho invasor.
Ao descobrirem
isso o restante da Incorporação decide ir atrás de seu membro mais novo. E para
resgatá-lo precisam entrar na Máquina do Talvez, um dispositivo com o qual
podem viajar através da Terras Paralelas.
Infelizmente
a edição termina deixando esse “mistério” no ar, o que aconteceu ao Garoto Dínamo?
E aonde nossos heróis precisaram ir para
encontra-lo?
Incorporação
Mistério – 1963 é até uma edição inteligente, pois resgata diversos elementos
da Era de Prata dos quadrinhos.
Encontramos
ainda algumas referências ao filme clássico O Planeta Proibido, Liberace, o
pianista e também ao apresentador Jack Benny (tudo isso nos conectando a época da trama).
Nem preciso
comentar que o roteiro de Alan Moore ficou bom, mas está longe de ser um dos seus
melhores trabalhos.
Podemos
constatar que a arte detalhadíssima de Rich Veidt consegue nos ambientar na trama
de forma primorosa e também evoca o estilo da época em que a aventura se
desenrola.
Quando chegamos
ao final de Incorporação Mistério fica obviamente aquela vontade de saber como
se dará a continuação do que lemos.