sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Ciclone e Capitão Brasil… Encontro de Titãs!


Trata-se de uma edição nacional escrita e desenhada por Antonio Peres (vulgo Volpone) e colorida por Jorge Araujo. Também temos o crédito do editor Lancelott.

Pra mim que estou há muitos anos sem ler um gibi nacional é bastante estranho notar a diferença absurdamente enorme da arte dos desenhistas americanos.

Então logo de primeira não gostei tanto assim, mas acabei me acostumando. O que eu achei interessante é a introdução quanto a origem dos personagens e aos colaboradores desta edição.

Só pra constar Ciclone possui incríveis poderes climáticos que obviamente lembram a Tempestade dos X-Men (e seu alterego chama-se Murilo Alberto de Souza).

Já o Capitão Brasil atende pelo nome de José Carlos da Silva Brasil. Seus poderes incluem força, invulnerabilidade, velocidade, reflexos e agilidade sobre-humanas e foram adquiridos através de um ser extra-dimensional.

A trama quase começou pelo confronto dos heróis, mas resolveu voltar um pouco no tempo. É quando vemos o Dr. Adriano Volpone que estava trabalhando na UFRJ, mas por causa de cortes no orçamento o reitor cancelou suas verbas.

Lembrando que Volpone é o artista da edição que de uma maneira bem legal participa desta aventura, mas devido aos acontecimentos citados acima tem um ataque de fúria.

 Ele é um geneticista muito inteligente, porém vemos que seu estado mental já beira a loucura.

O herói Cilcone também trabalha na universidade como pesquisador meteorológico algo que ajuda na utilização dos seus poderes. Então, de repente todos ficam alarmados com a presença de um dinossauro no campus (há até uma referência ao Godzilla).

Ao mesmo tempo, o Capitão Brasil estava rumando pra universidade e logo tendo de agir para deter aquele monstro. A situação começa piorar, porque Cilcone acha que o Capitão era o causador de todo aquele problema.

Partindo logo pro ataque sem ouvir explicação alguma e o Capitão que ficou puto da vida também cai dentro.

Quando descobriram que nenhum deles era culpado pela existência daquela aberração (findaram suas diferenças e decidiram se aliar para deter o monstro).

Volpone ficou mais do que aborrecido pelos heróis terem acabado com sua vingança, mas em seu delírio de raiva prometeu continuar futuramente.

No final Ciclone e Capitão Brasil resolveram se tornar aliados e mais a frente “parece”  que teremos outra aventura para que atuem juntos novamente.

O que me deixou intrigado foi uma figura estranha em uma localidade distante no espaço definida como Costela de Adão.

 O nome do personagem não foi mostrado definido apenas como Ele. No entanto lembrou bastante o Monitor, Metron, dos Novos Deuses e também o Vigia, da Marvel.

Já que sua função esra catalogar a existência de heróis isso serviu pra mostrar que “talvez” haja uma história tipo crossover para ser mostrada.

Ciclone e Capitão Brasil é uma aventura de apresentação dos personagens, mas o fato de mostrar heróis que lutam pra depois se ajudarem. É um tema mais do que batido nas história em quadrinhos.


Gostei demais da coloração do Jolba, mas pra mim a arte de Volpone precisa melhorar um pouco. Acho que deva dar mais atenção na composição da anatomia humana, principalmente em relação ao corpo dos heróis que ficou desproporcional em alguns momentos.

Fora isso seus cenários e o enquadramento das páginas nos ajudam a viajar pela trama de maneira primorosa.

A melhor parte desta história é que acontece aqui no Rio de Janeiro e vemos alguns lugares familiares.

Estou ansioso querendo ler a continuação e espero que de fato haja uma melhora significativa em sua arte.

Se gostou (ou se não gostou) deixe algum comentário. Ele será importante para nós do jeito que vier.


7 comentários:

  1. obrigado Anderson, por ler e colocar todos os pontos fracos e fortes da HQ, isso vai nos ajudar para que possamos aprimorar mais o trabalho...pensamos sim m uma continuação, e terá...quanto ao personagem final, é o Catalogador, um personagem criado pelo Lancelott Martins e que deixa possível cross over entre personagens de universos muitos diferente e de épocas diferentes, já que o Catalogador viaja pelo espaço e tempo e dimensões diferente pinçando e resgatando os personagens para as batalhas que está por vir...agradeço de coração, pela e matéria e força, uma abraço (Jorge Araujo)

    ResponderExcluir
  2. curta a pagina no face
    ://www.facebook.com/ciclonesuperheroi/?ref=hl
    e siga o blog
    http://ciclonesh.blogspot.com.br/p/personagens.html

    ResponderExcluir
  3. Eu gostaria que você me avisasse quando a próxima história estiver pronta, pois eu realmente estou interessado em ler. Nós lemos tanto material americano, mas também devemos dar uma força pros artistas brasileiros. Continuem desenvolvendo seu ótimo trabalho e um abraço pra todos de sua equipe.

    ResponderExcluir
  4. Anderson, esse ano que passou graças a Deus já foi, foi um ano muito dificil para mim, atravesse por problemas que me consumiram e deixando depressivo, muitas coisas foram interrompidas, parcerias e hqs em andamentos foram paradas, e nem sei ao certo se conseguiremos dar andamento, vista que os parceiros em questão estão já em outras vibes e trabalhos, mas recolocando as idéias em ordem acredito que teremos novidades, e sim de deixarei a par do surgir ok?
    Um grande abraço e mais uma vez obrigado pelo espaço dado as nós e a hq nacional em geral valeu!

    ResponderExcluir
  5. Legal Anderson... Gostei da sua crítica, uma resenha isenta e bem elaborada sobre a HQ Independente, em particular nesta abordagem do CICLONE e CAPITÃO BRASIL. É isso mesmo, neste cenário incipiente ainda é muito difícil produzir às nossas expensas um material no nível MARVEL/DC... Temos material e personagens excelentes e por mais que possamos ver nossas possibilidades a nossa memória icônica é sempre recorrente ao material americano (principalmente) que aportou aqui, com mais força, a partir de 60, e não há como não nos parametrar aos heróis dos comics, com muita similarididade. Mas, na sua essência, muitos personagens brasileiros do meio idependente, tem chance e possibilidades de ganharem vida com muita propriedade. O que nos custa na verdade, é que uma produção dessas tem sempre um custo que na grande maioria é bancada pelos próprios autores, os verdadeiros heróis. Queremos gradecer seu espaço e as palavras, que sobremaneira, amplie este alcance. Thanks, man! Ah, o personagem das páginas finais é O CATALOGADOR, de minha autoria - aqui sua página (https://www.facebook.com/catalogadordeuniversos/) e aqui, um pouco de meu trabalho de registrar o quadrinho brasileiro (HQ Quadrinhos - http://hqquadrinhos.blogspot.com.br/) e aqui, um pouco do que eu publico com meu selo digital para divulgar o meio independente e dar conhecimento de material antigo no ISSUU (https://issuu.com/scanscomics). Grato amigo e parabéns pelo blog.
    Lancelott

    ResponderExcluir
  6. Nós do Além da Torre de Observação acreditamos em muito na produção nacional de Histórias em quadrinhos. Se ainda não temos um mercado forte, ao menos temos boas histórias como exemplos aqui mostrados em nossas publicações.

    E é graças à vocês desenhistas, editores, produtores de arte sequencial que tornam isso matéria para nossas publicações. Nós é quem agradecemos pelas excelentes produções aqui apreciadas.

    Abraços

    ResponderExcluir
  7. conheça o trabalho excelente do Marcos Gratão, https://www.youtube.com/watch?v=5Gy94Mm9JP0
    http://marcosgratao.com/
    abração

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário e opinião, ele é importante para a melhoria deste blog e sua participação é essencial.