quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Crise na Terra X



No período anterior da década de 80 a Distinta Concorrente possuía múltiplas realidades quase que infinita.

Então, a Crise daquele período fez uma limpa enorme nos personagens da editora. Mais décadas depois resolveram voltar com o seu Multiverso, porém desta vez haviam somente 52 realidades distintas.

No universo pré-Crise a Terra X era habitada pelos heróis da Quality Comics.

Essa editora foi muito importante na Era de Ouro dos gibis e funcionou de 1939 até 1956.

Os heróis da Quality foram: Homem-Borracha, Pequeno Polegar, Falcão Negro, Lady Fantasma, Tio Sam, Condor Negro, Bomba Humana, Kid Eternidade, Miss America entre vários outros.

Durante meados da década de 50 a popularidade e o interesse nos heróis caiu bastante. Infelizmente a Quality saiu desse gênero e passou a publicar revistar sobre guerra, humor e terror. No entanto a editora fechou suas portas em 1956.

Seu direitos foram vendidos pra DC Comics e alguns destes heróis ressurgiram formando a equipe os Combatentes da Liberdade na edição Justice League of America # 107, em 1973.

Nesta realidade, os nazistas venceram a Segunda Guerra Mundial e dominavam o mundo através de 3 estações geradoras de um sinal que controlava a mente. Localizadas na Torre Eiffel, Monte Rushmore e no Monte Fuji.

Só que os Combatentes haviam se tornado imunes aos efeitos destes raios.

Hitler já havia morrido, no entanto um andróide que ocupava sua posição comandava uma estação orbital. A verdadeira central dos geradores (na intenção de converter qualquer herói que já tenha ido longe demais pra sua causa).

Após a macrossérie 52, a Terra X agora é a Terra-10, onde os Combatentes enfrentam uma versão nazista da Liga da Justiça.



Só pra constar, na excelente série animada Batman: Os Bravos e Destemidos temos o episódio “Cry Freedom Figthers!”.

E na trama, o Morcegão une-se ao Homem-Borracha e também aos Combatentes pra deter uma invasão alienígena.

A equipe é formada pelo: Tio Sam, Lady Fantasma, Condor Negro, Bomba Humana, Ray e Pequeno Polegar.

Bom, agora vamos comentar sobre o quarto crossover dos seriados da editora.

Crise na Terra X  (Crisis on Earth X) reuniu os heróis  de Supergirl, Flash, Arrow e Legends of Tomorrow pro casamento de Barry (Grant Grustin) e Isis (Candice Patton) em Central City.

Tudo ia acontecendo de maneira normal até que a cerimônia foi invadida por nazistas oriundos de outra Terra Paralela.

Obviamente como se trata de um casamento deveria haver algum contratempo pra que a união não fosse realizada.

Eram versões malignas da Supergirl, Arrow e Flash Reverso que neste caso surpreendeu, pois foi o retorno do nosso querido vilão Harrison Wells, da primeira temporada.

A parte interessante é que Oliver e Kara são casados, porém a vilã estava morrendo devido a exposição solar. E pra se salvar queria de qualquer maneira pegar o coração da Kara.

A melhor parte deste crossover foi ver que cada seriado não parecia estar separado.

Na verdade todos foram mostrados como se fossem apenas um só (fazendo nossa apreciação da história ser bem melhor.

O que pude notar que me deixou impressionado foi a Terra X, um lugar sombrio e assustador. 

Winn (Jeremy Jordan) era líder da resistência e estava agindo de maneria bastante radical. Forma totalmente diferente daquela que o vemos em Supergirl.

Gostei também pro destaque que deram pros personagens, Catlin, Mick, Isis e Felicity que tiveram seus momentos pra aparecer.

Eu não poderia esquecer da volta do Wentworth Miller sarcástico na medida certa.

Foi engraçado ver a tentativa do soro que tornaria Jefferson, num tipo de Homem-Aranha fazendo referência ao Cabeça de Teia.

Destaco as cenas de batalha da última parte em Legends que foram bem executadas e também a morte emocionante de Martin Stein (Victor Garber).

Pra fechar, enquanto Liga da Justiça infelizmente não está indo bem de bilheteria (apesar do filme ser bom).

Esse crossover prova que um roteiro escolhido de maneira bem criteriosa pode surpreender qualquer um.


Fico por aqui.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Superman vs Flash, A Corrida do Século!



A disputa pra saber qual dos personagens é o mais rápido da DC já perdura por longos anos.

Só pra constar, confesso que estava com o pé atrás devido terem escolhido Ezra Miller pra interpretar o velocista na telona.

Já que estávamos acostumados com Grant Grustin e seus problemas no seriado, mas foi legal constatar que Miller conseguiu ser bastante divertido.

Voltando, na cena pós-créditos de Liga da Justiça temos algo que realmente foi feito pra nós fãs de gibis ficarmos felizes feitos crianças.

Sendo que há décadas os roteiristas da empresa levantam essa questão quem é mais rápido o Superman ou o Flash?

Enquanto o Azulão é praticamente invencível com vários atributos ao seu lado como: invulnerabilidade, superforça, voo, visão de calor, sopro congelante entre outros.

Já o Flash mantém a alcunha de “O Homem mais Rápido do Mundo!”  fato que também dispensa qualquer apresentação.

Suponho que a velocidade do Homem de Aço seja equivalente a velocidade do som.

Afirmo que dependendo do período abordado a velocidade do escoteiro azul realmente chega a rivalizar com o velocista escarlate.

Enquanto o Flash correndo pode facilmente chegar á velocidade da luz. Contra o velocista não podemos negar que trata-se apenas de um ser humano que precisa se alimentar pra recuperar sua energia.

E pra acirrar essa discussão os fãs sempre tentam justificar, porque o seu preferido vence tal corrida.

Viaje comigo nessa corrida espetacular



Superman #199 - 1967
Foi a primeira edição da corrida e apresentou roteiro de Jim Shooter e arte de Curt Swan.

Na trama, a ONU organizou uma disputa ao redor da Terra (pra arrecadar dinheiro pros países pobres).

 O problema é que um grupo de bandidos sequestraram a dupla querendo manipular o resultado.

Só que ambos conseguiram escapar e de comum acordo terminaram empatados.



Flash #175 – 1967

Desta vez a segunda corrida foi feita pela Via Láctea, pois os alienígenas Rokk e Sorban capturaram a Liga da Justiça.

Forçando a dupla a disputar ainda ameaçam destruir as cidades (Metrópolis e Central City).

A parte interessante é que o Flash recebe uma aura protetora pra sobreviver no espaço.

Mais descobriram que Rokk e Sorban eram os vilões Flash Reverso e Abra Kadabra disfarçados.

Ambos correram 40 mil anos-luz, no entanto essa disputa também terminou em empate.



World’s Finest #198 e 199 – 1970

Foi a terceira corrida deles e apresentou roteiro de Dennis O’Neil e arte de Dick Dilin.

Na trama, Os Anacrônicos, uma raça alienígena capaz de viajar mais rápido do que a luz querem mudar a contagem do tempo (em nosso planeta).

Na tentativa de impedi-los os Guardiões do Universo usam o Super e o Flash pra correr na direção oposta.

O problema é que ambos são capturados pelos vilões tendo suas pernas imobilizadas, mas o Flash vence a corrida e salva a Terra.


DC Comics Presents #1 e 2 – 1978

É a quarta disputa entre os heróis apresentando roteiro de Martin Pasko e arte de José Luis Garcia-López.

 Como curiosidade esses gibis foram publicados pela antiga editora EBAL, na edição Anos 80 – Os Clássicos da Década # 4.

Nessa aventura os Zelkots e Volkirs, são duas raças alienígenas inimigas que capturam ambos os heróis.

Pra tentar impedir que haja o desentendimento entre eles o Flash é enviado pro passado pelos Zelkots, no entanto o Super foi enviado pelos Volkirs tendo como missão impedir o plano de seus inimigos.

O aspecto importante é que se trata de uma corrida temporal pra impedir um mal maior. Os heróis se tornam aliados pra deter a destruição do universo e não houve um ganhador nessa disputa.




The Adventures of Superman #463 – 1990

 Apresentando roteiro e arte de Dan Jurgens essa história foi lançada por aqui em Superman #98, da Editora Abril. E confesso que foi de onde retirei o título do post.

A capa é uma reedição da primeira corrida dos personagens (que comentei no início do texto).

Historicamente foi a primeira disputa entre Flash e Superman no período conhecido como Pós-Crise.

Desta vez, o problema é causado pelo chato do Sr. Mxyzptlk, um duende da quinta dimensão (inimigo do Homem de Aço que adora tirar onda com a cara do herói).

Lembrei que na série animada do Azulão, o anãozinho é casado com Ms. Gsptlsnz, uma ruiva sensual e inesquecível. E ao invés de dar atenção pra ela, Mxyzptlk vinha pra Terra perdendo tempo com o Super (eu juro que nunca entendi isso).

Continuando, os heróis disputam uma corrida ao redor da Terra pra decidir quem é o mais rápido.
É óbvio que o duende apronta diversas estripulias pra atrapalhar a dupla, no entanto o Flash ganha a corrida.


DC First: Flash/Superman – 2002

Nesta edição tivemos roteiro de Geoff Johns e arte de Rick Burchett.

O aspecto interessante pra ser comentado é que o Azulão disputou pela primeira vez uma corrida contra Jay Garrick, o Flash original, da Era de Ouro (ou Flash I, como é conhecido nos EUA).

O vilão Abra Kadabra foge mais uma vez da prisão e lança uma feitiço de envelhecimento em Wally West (Flash atual).

Pra salvá-lo eles precisam disputar uma corrida, mas Jay trapaceia e rouba energia cinética do Azulão vencendo a disputa.


Flash #209 – 2004

Apresentou roteiro de Geoff Johns e arte de Howard Porter. E a capa da edição foi feita pelo saudoso Michael Turner.

Na trama, Wally está preocupado com o desaparecimento de Linda, sua esposa. Mais há algum tipo de problema com a Liga, pois eles não conhecem sua identidade secreta.

Não sei explicar por qual motivo, porém West se recusa a revelar seu nome pra equipe. Enquanto dispara pelo mundo procurando por sua companheira, o Superman vai atrás do velocista.

Ambos acabam percorrendo por vários lugares tipo Nova York e Paris, mas no fim o Flash vence a corrida.



Flash Rebirth #3 – 2009

Apresentando roteiro de Geoff Johns e arte de Ethan Van Sciver.

Trata-se do retorno de Barry Allen, o velocista da Era de Prata.

Nesta aventura, Barry foi infectado pelo Black Flash decidindo correr até morrer. Só que Clark vai no seu encalço pra tentar convencê-lo do contrário.
Num momento crítico, Barry entra na Força de Aceleração e vislumbra vários acontecimentos de sua vida.

A parte legal é que o Superman comenta sobre as disputas do passado (dizendo que já venceu a corrida).

Mais o Flash rebate que aquelas foram feitas somente pra caridade. Afirmando na verdade que é o mais rápido deles.


Superman #709 - 2011

Desta vez temos roteiro de J. Michael Straczynski com Cris Roberson e arte de Eddy Barrows com Allan Goldman.

Só pra constar, essa aventura acontece durante a fase que o Super estava vagando pelos EUA á procura de si mesmo.

Na trama, Barry estava com sua mente sendo comandada por uma tiara kriptoniana.

O Corredor Escarlate estava construindo uma Nova Kripton na cidade do Colorado.

Então o Homem de Aço percebe essa mudança na paisagem (vendo apenas um borrão correndo á sua frente).

Depois descobre o fato do Flash não conseguir parar e começa persegui-lo. Em Krypton a tiara servia como um dispositivo de interrogação pra retirar informação da memória dos criminosos.

No final, Kal consegue alcançar o Flash e retirar o dispositivo mental. A questão é que Barry deixou o Azulão alcançá-lo provando mais uma vez que continua sendo o mais rápido entre os dois.


Como curiosidade descobri uma edição "Supergirl: The Fatest Women Alive" com roteiro de Stuart Moore e arte de Paco Diaz.

Na qual a Supergirl e Jesse Quick também disputam uma corrida beneficente ao redor do mundo.

Durante o percurso as heroínas visitam passam pelo Oceano Atlântico, África, China, Oceano Pacífico entre outros lugares.

O vilão a ser enfrentado é o Parasita que sugou os poderes tanto do Clark, quanto do Barry que estavam no estádio tietando suas pupilas.

É claro que ambas se unem pra derrotá-lo e depois continuam pra saber quem é a mulher mais rápida do mundo.



Outras Mídias

Além dos gibis houveram outras corridas entre os personagens na telinha.

Na excelente série animada do Super, temos o episódio “Demônios da Velocidade” (Speed Demons).

No qual, Barry e Clark decidem competir numa corrida pra caridade. O Flash demonstra ser muito convencido e ainda dá uma paquerada na Lois.

O problema surge quando o Mago do Tempo, inimigo do velocista decide usar um satélite pra controlar o clima e atrapalhar a disputa.

Depois de prender o vilão ambos voltam pra corrida, porém não temos como saber quem foi o vencedor.

No seriado Smallville, temos “Fugindo” episódio da quarta temporada. No qual Bart Allen (Kyle Gallner), um morador de rua sobrevive praticando furtos.

E numa dessas ocasiões rouba a carteira do Clark que vai atrás dele. Clark (Tom Welling) descobre sobre o passado solitário do garoto e há algumas cenas divertidas no episódio.

A parte importante é que no final disputam a famosa corrida e claramente percebemos que Bart era mais veloz que Clark deixando-o abismado com esse fato.

Por último há ainda o crossover da Supergirl com Flash “Os Melhores do Mundo” (World’s Finest).

Neste episódio Flash (Grant Grustin) e Supergil (Melissa Benoist) se unem pra combater as vilãs: Curto-Circuito (Brit Morgan) e  Banshee Prateada (Italia Ricci).

Lembrando que ambos vivem em Terras diferente, pois pertencem a emissoras concorrentes. 

Supergirl é transmitida pelo canal CBS enquanto The Flash pelo canal CW na Terra do Tio Sam.

Quero destacar que o episódio em si é muito divertido  e engraçado. É claro que isso foi devido a química que ambos os atores demonstram em cena.

E no final temos a tão famosa corrida dos heróis que também desta vez não foi apresentado um vencedor.

Até o próximo texto.


Fonte de Pesquisa: Mundo Estranho, Wikipédia e Mundo dos Super-Heróis # 8.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Rapidinhas: O último Capítulo (I Am the Pretty Thing That Lives in the House).

A atriz Ruth Wilson( Lily ) carrega o filme nas costas. No entanto não é o suficiente para atrair um publico mais acostumado com os sustos do que com a poética gótica do filme.

Trilha sonora, fotografia e diálogo compõem uma narrativa poética. Podemos estar presenciando uma nova forma de se fazer filmes de terror/suspense que infelizmente não teve sua continuidade em filmes como O Sexto sentido e Os outros. A minha unica ressalva é a falta de aprofundamento do tema. Mas acho que se justifica a proposta do longa. É de fato um filme para poucos.

Data de lançamento: 28 de outubro de 2016 (EUA)

Duração: 87 minutos

Direção: Oz Perkins

Roteiro: Oz Perkins

Música composta por: Elvis Perkins

Cinematografia: Julie Kirkwood

Elenco:

Bob Balaban: Mr. Waxcap

Paula Prentiss: Iris Blum

Ruth Wilson: Lily

Lucy Boynton: Polly

Brad Milne Groom
Erin Boyes Young Iris

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Liga da Justiça



Finalmente a Warner Bros. conseguiu entregar um filme que nós fãs queríamos ver.

Confesso que eu estava muito apreensivo devido ao longa ter duas mentes criativas completamente diferentes no modo de agir (fato que poderia fazê-lo naufragar causando um problema enorme).

Meus temores foram dissipados, pois o envolvimento dos diretores Zack Snyder e Josh Whedon foi nos entregar um filme pra nós fãs dos personagens. Ambos possuem diferentes visões em seu trabalho, porém funcionaram muito bem na telona.

A parte interessante é que Liga da Justiça está conectado ao Homem de Aço (2013) e também ao Batman vs Superman (2016), mas mesmo assim ainda consegue desenvolver sua própria narrativa.

Na trama, desde que o Superman (Henry Cavill) morreu as pessoas perderam a esperança.

A criminalidade estava aumentando muito e só pra piorar um inimigo do passado estava retornando.

Quando o Lobo da Estepe tentou invadir a Terra pela primeira vez houve uma aliança entre Amazonas, Atlantes, Deuses Olímpicos, Tropa dos Lanternas Verdes e os homens (algo que me lembrou até O Senhor dos Anéis). Foi somente devido a essa união que conseguiram detê-lo.

Como espólio de guerra três caixas-maternas ficaram divididas em diferentes lugares, pois se fossem reunidas resultaria na destruição de nosso planeta.

Acho que a maioria já sabe que as caixas são computadores vivos e estão conectadas ao Quarto Mundo. Lar dos Novos Deuses e de Apokolips (respectivamente Pai Celestial e do tirano Darkseid).

Continuando, os séculos passaram e o vilão retornou pra conquistar aquilo que fora negado.

Após a morte do Azulão, Bruce (Ben Affleck) se sentia culpado e acabou descobrindo que uma invasão estava prestes a começar.

Pedindo ajuda pra Diana (Gal Gadot) resolveu convocar uma equipe de meta-humanos e recrutaram Barry (Ezra Miller), Arthur (Jason Momoa) e Vic (Ray Fisher).

O grande lance a ser notado é como esses heróis que sempre estiveram sozinhos vão ter que interagir formando uma equipe.

A Mulher-Maravilha é uma guerreira, Batman um estrategista, Flash iniciando sua carreira heroica, Aquaman, um combatente feroz e Ciborgue, um herói tecnológico.

Há espaço na tela pra irem apresentando todos os personagens, tanto suas vidas, quanto suas motivações e problemas pessoais (fazendo-nos conhecer cada um deles). 

Mais eu adorei o Flash que ficou muito engraçado e o Aquaman, porque ambos se destacam e acabam roubando a cena em alguns momentos.

Como um verdadeiro fã de gibis afirmo que Liga da Justiça é um filme engraçado, divertidíssimo, possui efeitos especias impactantes, ótimas cenas de ação e uma trilha sonora magnífica.

Quero afirmar pra vocês para não darem atenção pra todas as críticas ruins vistas na web, pois o filme é simplesmente sensacional.

Sai da sala de cinema aliviado por ter visto meus heróis preferidos sendo apresentados da forma como realmente são (heróis agindo pra salvar o mundo).

Até o próximo texto.



quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Filme da Liga



A Liga da Justiça é um dos grupos de super-heróis mais famosos dos gibis.

A Liga da Justiça da América inicialmente reuniu os heróis mais clássicos dos gibis: Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Flash, Aquaman, Lanterna Verde e Ajax.

A equipe foi criada durante os anos 60 pelo lendário Gardner Fox, mas a parte interessante é que foi inspirada pra reaproveitar a Sociedade da Justiça da América.

 Uma equipe que surgiu na convencionada Era de Ouro nos anos 40. Apesar da SJA não ter um espaço tão significativo atualmente quanto a sua importância. Posso afirmar que se não fosse por ela não existiria Liga da Justiça.

Bom, ao longo das décadas tivemos diversas histórias marcantes da Liga e uma das minha preferidas é Torre de Babel, na qual Batman arranja diversas formas pra deter seus “amigos” superpoderosos.

Fato que teve consequências tenebrosas pra Liga graças a Ra's Al Ghul, que roubou esses planos usando-os pra derrotar a equipe meticulosamente.

Na animação, quem se aproveita desta situação é Vandal Savage, um perigoso imortal que desejava destruir a Liga.

Sem sombra de dúvidas é uma das melhores animações feita com a equipe.

Não poderia esquecer de Liga da Justiça: Terra 2, uma história na qual a LJA enfrenta o Sindicato do Crime da América, uma equipe formada por vilões malignos dos heróis oriundos de uma Terra Paralela.



Outra história que gosto e merece destaque é Liga da Justiça: Guerra vindo na esteira do reboot que aconteceu em 2011.

Naquele momento a equipe recem formada teria que se unir a contra-gosto pra deter Darkseid, pra que não invadisse nosso planeta.

 Tanto o gibi, quanto a animação estão impecáveis seja pelo desenvolvimento do enredo, ação e pelos personagens.

Nos desenhos o clássico Super Amigos da Hanna-Barbera, marcou uma geração enorme de crianças que havia assistido suas aventuras entre os anos 70 e 80.

Apesar de todos os seus defeitos e problemas foi uma das primeira representações mostradas da Liga de forma eficiente. Já que a versão anterior da Filmation (feita nos anos 60 era bem fraquinha).

Super Amigos teve tanta importância que no crossover dos seriados Flash, Supergirl, Arrow e Legends of Tomorrow fizeram homenagem pra Sala de Justiça (eu surtei de alegria quando vi a cena).

Na década de 2000, foi a vez de Bruce Timm nos brindar com Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites.

Claro que vale a pena lembrar que anteriormente Bruce havia comandado as versões animadas anteriores de Batman, Super-Homem e Batman do Futuro, todos na década de 90.

Continuando, naquele momento em diante tivemos a versão definitiva dos super-heróis.

A série animada da Liga foi impactante por causa dos roteiros bem elaborados, apresentou diversas histórias inesquecíveis e principalmente personagens bem construídos (respeitando suas versões dos quadrinhos).

Basta apenas comparar Liga da Justiça Action, a versão mais recente deles com a que foi vista na década de 2000 pra notarmos a enorme diferença entre ambas.

Mesmo que Action não seja tão rui assim, pois é uma nova perspectiva dos personagens pra conquistar um outro público (pra mim é bem fraquinha devido ao formato apresentado anteriormente).

E agora finalmente depois de anos esperando teremos o tão aguardado filme da Liga da Justiça.
Batman vs Superman não foi aquilo que nós fãs esperávamos ver, pois dividiu opiniões algumas a favor e muitas contra.

Esquadrão Suicida também foi uma bomba terrível devido ao Coringa que divergiu bastante daquele psicopata sem noção que fez  sucesso na franquia de Nolan. E pra ser sincero gostei mais da Arlequina que ficou parecida demais com a maluqinha encantadora dos gibis e desenhos.

Então, veio Mulher-Maravilha (Gal Gadot) surpreendendo pela ótima representação de sua origem e destacando sua atitude de guerreira.

Só pra constar, o filme da heroína desbancou a bilheteria do Homem-Aranha, de Sam Raimi feito em 2002.

No entanto, o filme da Liga terá a missão de fazer realmente engrenar o Universo Estendido DC.
É a chance da DC Comics mostrar pros fãs que realmente estão empenhados em mostrá-los como lemos nos gibis.

Houveram  alguns problemas como a saída de Zack Snyder do projeto devido a problemas pessoais. E a entrada de Joss Whedon em seu lugar pra dar continuidade no que será visto.

Isso poderá ser até um ponto a favor do filme, porque Whedon já provou que sabe trabalhar com vários heróis. Lembrem-se que ele foi o diretor do primeiro Vingadores que foi um sucesso absoluto e inegável.

A editora não quer apenas render bilheteria algo óbvio devido a grande popularidade dos heróis.
Mais anseia ter reconhecimento da crítica pra que haja uma direção pra ser seguida em suas futuras produções.

E pra realmente fechar, fiz um comentário sobre os filmes live action produzidos há anos atrás sobre a equipe (confira neste post aqui).

Leio gibis há mais de 30 anos, como fã afirmo que estou aguardando ansioso por muito tempo e ver a equipe reunida é um sonho que finalmente será concretizado.

Espero que tenham gostado.


domingo, 22 de outubro de 2017

Marvel Knights . bem-vindo ao lar Frank! E a falta que Dillon faz.

Lendo a série Justiceiro, Bem-vindo de volta Frank! da Marvel Knights, percebi que hoje faz um ano de morte desse grande desenhista chamado Steve Dillon. Que juntamente com o escritor Garth Enis, produziram trabalhos maravilhosos como Hellblazer, Preacher, etc.

Particularmente, eu adorava seus traços. Perfeita simbiose entre o realismo e o cartum. Com certeza, uma das minhas grandes referencias.

Dillon pertencia a esta leva de quadrinistas ingleses que fizeram um boom no mercado norte-americano de HQs, juntamente com Neil Gaiman, Alan More e o próprio Garth Enis. Ainda nos anos 1980 e 1990.

Dillon morreu aos 54 anos em Nova Iorque. Sabe-se apenas que ele vinha sofrendo com problemas de saúde.

Deixo aqui registrado: Vendo a série Preacher é impossível desassociar os traços desse grande artista com a série. Confesso que não consegui acompanhar.


Mas falando sobre  Justiceiro – Marvel Knights – bem-vindo ao lar Frank, uma boa prévia para estreia do personagem encarnado na pele de Jon Bernthal (ator que interpretou Shane Walsh, o amigo “fura-olho” de Rick Grames interpretado por Andrew Lincoln em The Walking dead), esta HQ mais uma vez nos presenteia com a perfeita química do humor negro e britânico de Garth Enis com os traços bizarramente exagerados (no ótimo sentido da palavra) de Dillon. Vemos nesta série uma ótima referencia de personagens do mundo Marvel mencionados aqui com piadas espirituosas como se tais referencias habitassem, ainda que dentro de um contexto verossímil o universo.

Outro ponto interessante (além do habitual banho de sangue que chegam a escorrer das páginas), é um pequeno, porém inteligente texto de uma página que Enis escreve . Uma espécie de não-mea culpa ao discurso politicamente correto tão vigente e monitorado nos dias de hoje.








Estas edições encontram-se disponíveis para download na web.

Nesta imagem, texto escrito por Garth Enis.

Batman e Arlequina


É uma animação dirigida de forma competente por Sam Liu que já nos presenteou com: All-Star Superman, Planeta Hulk, Thor: Filho de Asgard, Liga da Justiça: Crise em Duas Terras, Superman/Batman: Inimigos Públicos, Hulk vs (Thor e Wolverine) entre outros.

Só pra constar, Bruce Timm participou do roteiro compartilhado com Jim Krieg. E falando em BT é justamente, o seu caracter design que nos conecta a série animada do Morcegão, dos anos 90.

Tornando a animação ainda mais nostálgica pra quem curtiu aquele desenho clássico, pois parece que foi feita com essa intenção.

Bom, ostentando o subtítulo de Pancadas e Risadas vemos essa animação centralizar na história da Arlequina.

Logo no início temos um desenho bem divertido que nos conecta a momentos engraçados (introduzindo-nos ao estilo cômico dele) .

Continuando, a personagem sempre foi muito popular desde que surgiu, no entanto pra mim parece que aumentou ainda mais quando foi interpretada de forma memorável por Margot Robbie (no Esquadrão Suicida).

Na trama, o Homem-Morcego quer impedir os planos nefastos de Hera Venenosa e Homem Florônico que se uniram pra acabar com a destruição que o meio ambiente vem sofrendo através do homem.

A intenção é utilizar a fórmula bio-restauradora do cientista Alec Holland que se transformou no herói Monstro do Pântano. Se conseguirem transformarão toda vida de nosso planeta em híbridos de animais e vegetais (fato que desencadearia a total extinção da humanidade).

Obviamente, o Morcegóide não quer de jeito algum a ajuda da Harley devido a sua instabilidade emocional, mas mesmo assim fica na sua companhia.

A parte interessante é que o herói age em parceria com o Asa Noturna, vulgo Dick Grayson primeiro ajudante de BW.

É impossível negar que Harley está exuberante demonstrando sensualidade em vários momentos do filme (não vou contar mais pra não estragar a surpesa de quem for assisitr).

Infelizmente, não há muito momentos de ação, no entanto quando surgem valem a pena de tão intensos (por mim haveria bem mais).

Batman e Arlequina demonstrou ser uma animação excelente com momentos hilariantes de tão divertidos. Confesso que há até um pouco de drama, porém não interfere muito no geral.

O único e maior problema é o seu desfecho que pra mim ficou bastante fraco e poderia ser melhor desenvolvido. Mesmo assim ainda vale a pena assisti-lo de tão hilário.


Espero que tenham gostado.

domingo, 17 de setembro de 2017

Superman: Terra Um


É uma das melhores histórias do Azulão que já li em muitos anos.

O roteiro é feito pelo renomado J. Michael Straczynski e mesmo que esteja abordando pontos exaustivamente conhecidos como Jonathan e Martha encontrarem a espaçonave, a herança kriptoniana e como funcionam seus poderes.

Coisas que até poderiam ter sido deixadas de lado, mas que juntando tudo funcionam numa dinâmica adequada.

Somente o aspecto de trazer novo fôlego a mitologia de Kal-El demonstrando o impacto de sua presença no mundo é o que a torna relevante.

Até a questão do sexo teve uma proposta boa, pena que o ato em si não chegou a acontecer (Clark é virgem, coitadinho!).

Bom, se por um lado o roteiro é praticamente impecável a única exceção é o desenhista Shane Davis, pois sua arte pra mim não convence. A história em si é tão contundente que seu trabalho não consegue acompanhar.

Mesmo sendo bem detalhada infelizmente ficou parecendo uma mistura de pintura com anime e o pior suas expressões faciais parecem forçadas (não consigo sentir naturalidade quando as vejo).

Foi somente nisso que a editora pecou, pois poderiam ter dado para alguém que conseguisse transmitir sentimentos que assimilássemos melhor.

Voltando, não é atoa que esta história teve alguns momentos abordados no filme Superman: O Homem de Aço (2013) tornando-a uma boa pedida para ser lida.

A invasão feita pelo alienígena Tyrell mudou o contexto que estava estabelecido há décadas que  existia somente Krypton naquele quadrante espacial. O fato da explosão do planeta ter sido uma tramóia orquestrada pela raça alienígena inimiga.

Deixou pra mim uma pergunta importante quem foi o benfeitor que deu a tecnologia para tal propósito e com qual finalidade? Porque o principal inimigo não foi mostrado? E pelo que eu pude entender o Azulão ainda corre um grande perigo.

Será que teriam o interesse de fazer uma outra continuação desta HQ? Pra ser sincero eu duvido muito (então pensando por este prisma foi o único furo do gibi).

O que chamou realmente minha atenção é terem mostrado a vida pessoal de Kal sendo abordada (tipo o que ele sente, pensa e como decide viver).

É triste notar que um ser imensamente poderoso se sente ao mesmo tempo tão sozinho no mundo. Algo como ele disse no desenho da Liga segurar o fardo de viver num mundo como se fosse feito de papelão (é um algo estranho e muito surpreendente).

Outro ponto positivo foi incluir as diversas versões anteriores do herói neste gibi. Podemos notar referências do período de John Byrne, pois Martha costura o uniforme dele, também temos um pouco de Smallville e até do Superman clássico da década de 40 na cena em que salva sua amiga Lisa Lasalle de apanhar no apartamento do ex-namorado.

Superman:Terra Um é um prato cheio pra quem gosta do herói, mas também tem uma história impressionante recontando a origem do mito. A parte boa que tudo é feito de uma forma bastante inusitada explorando certas coisas que nunca haviam sido pensadas antes.

É a melhor abordagem do kriptoniano feita pelo aspecto humano levantando questões que valem a pena serem mostradas, porém de uma maneira muito simples e bastante inteligente.

Espero que tenham gostado.


domingo, 16 de julho de 2017

Homem-Aranha: De Volta ao Lar



Quando a Marvel Studios recuperou os direitos sobre o Homem-Aranha, que estavam com a Sony Pictures desde o começo dos anos 2000, os “marvetes” enlouqueceram.

Enquanto a Marvel consolidava seu UCM envolvendo seus principais personagens, a Sony e seu Homem Aranha estavam num universo à parte. 

Onde esse universo criado pela Sony se encaixava?

Mesmo sozinho o Homem Aranha da Sony era bom, a famosa trilogia estrelada pelo Tobey Maguire rendeu dois filmes ótimos e um filme ruim, enquanto a segunda foi estrelada pelo Andrew Garfield e rendeu dois filmes medianos.

O balanço até o momento era positivo, os exigentes fãs da Marvel até receberam “bem” os filmes produzidos pela Sony sobre o Cabeça de Teia.

Porém, alguma coisa ainda estava faltando: ele precisava da companhia dos melhores.
Então quando a Marvel fez o anúncio, ninguém sabia o que estava por vir.

Mas o momento chegou, a Marvel Studios está fazendo história: Homem-Aranha: De Volta ao Lar marca o retorno do Cabeça de Teia pra Casa de Ideias. E também finalmente fazendo parte do seu UCM (há vários momentos no longa que demonstram isso).

 Claro que eu como milhares de fãs estávamos ansiosos pra ver tal acontecimento, tivemos uma palhinha em Capitão América 3 que deixou todo mundo empolgadíssimo.

 Assisti o filme, me diverti muito, gostei pra caramba, mas não consigo esquecer os filmes de 2002 e 2004. Estou errado? Obviamente afirmo que não, porque o grande lance desta versão com Tom Holland é que foi feita pensando nessa nova geração de adolescentes que há no mundo afora.

 Podemos notar que na sala de aula do Peter há uma diversidade muito grande. E a etnia de alguns personagens foram modificadas (estranhei, mas entendi que é preciso ser assim).

É uma nova versão para um público novo que precisa se identificar com aquilo que há na tela. Nesse quesito a Marvel Comics sempre se supera.

 Na trama, Adrian Toomes (Michael Keaton) estava trabalhando na limpeza depois da batalha dos Vingadores. O problema é que havia uma outra firma contratada por Tony Stark que atrapalhou seus planos.

 No entanto, Toomes conseguiu guardar artefatos alienígenas dos escombros e através disso criou armamentos utilizando tal tecnologia.

Sua armadura voadora foi criada com o propósito de roubar pra conseguir dinheiro e sobreviver sem chamar muita atenção dos heróis. Toomes é um vilão que até assusta em alguns momentos demonstrando quais são as suas motivações. 

Você faria diferente no lugar dele?

Enquanto isso, Peter estava contente por ter participado do combate no aeroporto. E ficou ansioso esperando surgir outra missão.

 A convivência na escola e sua vida com Tia May (Marisa Tomei) ficou em segundo plano por causa de sua euforia.

O problema surge quando tenta equilibrar tudo isso caçando o inimigo que surge o Abutre.

 Como já houve outras versões anteriores do herói não tivemos a necessidade de mostrar como surgiram seus poderes (algo que todo mundo já está cansado de saber).

 Cabe a Tony Stark e Happy Hogan (Jon Favreau, com atuação divertidíssima) fazerem as vezes de tutores de Peter. Então a figura paterna é dividida entre os dois. Tony Stark surge como um patamar a ser seguido, mas senti falta do lema e da figura paterna do Tio Ben partes importantes que definem bastante a personalidade do Parker.

 Homem-Aranha: De Volta ao Lar é engraçado com cenas de ação muito bem desenvolvidas, porém achei que foram poucas. Lembrei que no início temos o tema do desenho clássico dos anos 60.

 Afirmando que é um filme do Homem-Aranha e isso pra mim foi espetacular (que trocadilho sem graça).

 Tom Holland tem boa atuação e seu Peter Parker é um rapaz normal tendo que se virar como herói iniciante. O Homem-Aranha é um super-herói que ainda não sabe que é super, está no processo de moldagem, de criação.

 O aspecto mais empolgante na interpretação do Holland é a tagarelice do Parker (algo mostrado de forma excelente no desenho Ultimate Homem-Aranha).

 Também gostei demais do traje baseado no original com aquelas asas de teia embaixo do braço. O grande diferencial é a tecnologia Stark com inteligência artificial, drone que fica na insígnia, lançadores de teia com diversos tipos de disparos diferentes entre outras coisas.

 Só pra constar, há uma cena que aparece o sinal do Homem-Aranha que nos conecta aos gibi antigos. Temos também a música dos Ramones "Blitzkrieg bop" trazendo uma empolgação pro público.

 Definitivamente o Homem-Aranha está inserido no Universo Cinematográfico da Marvel, pois "De Volta ao Lar” se integra de forma natural a todo o emaranhado de histórias que formam o gigantesco universo criado pela Marvel Studios

E o Amigão da Vizinhança voltou para sua verdadeira casa pra fincar de vez sua presença no UCM.

Até o próximo texto.