Essa edição
teve roteiro de Chuck Dixon, arte de Graham
Nolan e foi lançada pela Editora
Abril, em 1997.
Sem sombra
de dúvidas é uma das melhores HQs do Morcegão
que já tive o prazer de ler.
Ainda mais
pela excelente arte de Graham Nolan que em sua composição demonstra vários
detalhes tanto dos personagens, quanto dos cenários que vemos na trama.
A história
se inicia com o lançamento de um selo comemorativo homenageando grandes
comediantes americanos.
Temos selos
do Carlitos,OsIrmãos Marx, Os Três Patetas e Abott
& Costello, porém pra mim foi uma injustiça não terem colocado OGordo e o Magro (eles também mereciam essa referência).
O Coringa
ficou irritado por não terem feito um selo dele, pois se acha um grande
comediante. Suas piadas infames e de muito mal gosto fazem somente sentido em
sua mente doentia.
O vilão
ataca uma agência dos correios sendo preso pelo Homem-Morcego que nesta época estava sendo auxiliado pelo Robin (Tim Drake), um hacker de
computador.
Um detalhe
sinistro é que os selos estavam envenenados pela toxina que deixa um sorriso
estampado no rosto das vítimas (a marca registrada do Sr. C agir).
Pessoas
estavam morrendo e o Coringa era o principal suspeito destes acontecimentos
fatídicos. Então o Comissário Gordon
convoca o Batman para ajuda-lo a
solucionar o caso.
A situação
estava piorando, porque o Coringa havia sido levado a julgamento pela promotora
Beaudreau que desejava sentencia-lo a pena de morte por seus crimes (por mim é
lógico que merecia).
O sargento Bullock
e a detetive Montoya estavam assessorando a promotoria pra que isso realmente
acontecesse e se livrassem do vilão de uma vez por todas.
O problema é
que tudo levava a crer que o Coringa era realmente o culpado e isso deixou o
Batman com a pulga atrás da orelha passando a investigar o caso com mais
afinco.
Uma cena
muito interessante aconteceu no tribunal com o vilão sendo interpelado pela
promotora se havia cometido o tal crime de envenenar os selos.
Ele afirmou
que era coisa de amador e começou a se gabar pelos diversos crimes que havia
feito no passado comentando até o ataque a Bárbara Gordon e também ao seu pai
(fatos vistos na aclamadíssima Batman: A
Piada Mortal).
O ponto
crucial nessa edição é nos perguntarmos se o Coringa realmente merece morrer
por causa de um crime que não cometeu.
É óbvio que
o Batman fica se fazendo tal pergunta, pois seus senso de justiça é inabalável
(mesmo que seu pior inimigo mereça realmente partir desta pra melhor).
Eu confesso
que não pensaria duas vezes e deixava isso acontecer, mas estamos falando das
leis que regem o modo americano de viver e já sabemos como o herói irá agir.
Coringa: Advogado do Diabo começa de maneira enfadonha, mas a
medida que vamos nos aprofundando em suas páginas a história ganha um aspecto
psicológico muito grande e isso a torna muito interessante pra sabermos como
será seu desfecho.
Se gostou deixe algum comentário, mas se não gostou deixe um comentário também.
O senso de Justiça do Batman entra em conflito com o senso do comissário Gordon que vê uma grande oportunidade para se livrar de vez do palhaço do crime. Este interpela Batman do porquê não deixar o Coringa morrer na cadeira elétrica pelo seu histórico de terror e morte do passado. Batman convencido de que há algo errado, contradiz Gordon de uma forma incrivelmente ética.
ResponderExcluirMatéria pura para qualquer estudante de direito e filosofia e para demais interessados.
Ah, e o Coringa, como sempre, impagável! Divino! a Cena ápice me faz rir até hoje!