sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Coringa: Advogado do Diabo


Essa edição teve roteiro de Chuck Dixon, arte de Graham Nolan e foi lançada pela Editora Abril, em 1997.

Sem sombra de dúvidas é uma das melhores HQs do Morcegão que já tive o prazer de ler.

Ainda mais pela excelente arte de Graham Nolan que em sua composição demonstra vários detalhes tanto dos personagens, quanto dos cenários que vemos na trama.

A história se inicia com o lançamento de um selo comemorativo homenageando grandes comediantes americanos.

Temos selos do Carlitos,OsIrmãos Marx, Os Três Patetas e Abott & Costello, porém pra mim foi uma injustiça não terem colocado OGordo e o Magro (eles também mereciam essa referência).

O Coringa ficou irritado por não terem feito um selo dele, pois se acha um grande comediante. Suas piadas infames e de muito mal gosto fazem somente sentido em sua mente doentia.

O vilão ataca uma agência dos correios sendo preso pelo Homem-Morcego que nesta época estava sendo auxiliado pelo Robin (Tim Drake), um hacker de computador.

Um detalhe sinistro é que os selos estavam envenenados pela toxina que deixa um sorriso estampado no rosto das vítimas (a marca registrada do Sr. C agir).

Pessoas estavam morrendo e o Coringa era o principal suspeito destes acontecimentos fatídicos. Então o Comissário Gordon convoca o Batman para ajuda-lo a solucionar o caso.

A situação estava piorando, porque o Coringa havia sido levado a julgamento pela promotora Beaudreau que desejava sentencia-lo a pena de morte por seus crimes (por mim é lógico que merecia).

O sargento Bullock e a detetive Montoya estavam assessorando a promotoria pra que isso realmente acontecesse e se livrassem do vilão de uma vez por todas.

O problema é que tudo levava a crer que o Coringa era realmente o culpado e isso deixou o Batman com a pulga atrás da orelha passando a investigar o caso com mais afinco.

Uma cena muito interessante aconteceu no tribunal com o vilão sendo interpelado pela promotora se havia cometido o tal crime de envenenar os selos.

Ele afirmou que era coisa de amador e começou a se gabar pelos diversos crimes que havia feito no passado comentando até o ataque a Bárbara Gordon e também ao seu pai (fatos vistos na aclamadíssima Batman: A Piada Mortal).

O ponto crucial nessa edição é nos perguntarmos se o Coringa realmente merece morrer por causa de um crime que não cometeu.

É óbvio que o Batman fica se fazendo tal pergunta, pois seus senso de justiça é inabalável (mesmo que seu pior inimigo mereça realmente partir desta pra melhor).

Eu confesso que não pensaria duas vezes e deixava isso acontecer, mas estamos falando das leis que regem o modo americano de viver e já sabemos como o herói irá agir.

Coringa: Advogado do Diabo começa de maneira enfadonha, mas a medida que vamos nos aprofundando em suas páginas a história ganha um aspecto psicológico muito grande e isso a torna muito interessante pra sabermos como será seu desfecho.
 
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Um comentário:

  1. O senso de Justiça do Batman entra em conflito com o senso do comissário Gordon que vê uma grande oportunidade para se livrar de vez do palhaço do crime. Este interpela Batman do porquê não deixar o Coringa morrer na cadeira elétrica pelo seu histórico de terror e morte do passado. Batman convencido de que há algo errado, contradiz Gordon de uma forma incrivelmente ética.

    Matéria pura para qualquer estudante de direito e filosofia e para demais interessados.

    Ah, e o Coringa, como sempre, impagável! Divino! a Cena ápice me faz rir até hoje!

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