Como todos
estão cansados de saber é uma edição que através dos anos tornou-se um dos
maiores clássicos das histórias do Homem-Morcego.
Batman: The Kiling Joke tem roteiro do consagrado Alan Moore, arte do mestre Brian Bolland
e cores de John Higgins.
Sendo uma
daquelas raras e excelentes ocasiões em que arte, roteiro e cores se conectam
trazendo um trabalho de qualidade ímpar.
Não dá pra
fugir que a trama é marcada por causa do hediondo abuso sexual cometido contra Bárbara Gordon e infelizmente havia sido alvejada (fato que a deixou paraplégica).
Ao longo dos
anos a personagem ficou marcada por causa deste tratamento violento ao excesso
dado a ela. E vendo pelo ponto de vista atual é uma situação controversa pelo
avanço do empoderamento feminino na sociedade mundial.
Transforma-la na Oráculo serviu como um pedido de desculpa por causa deste acontecimento que revoltou milhares de fãs dando relevância pra personagem junto a Bat-Família.
Transforma-la na Oráculo serviu como um pedido de desculpa por causa deste acontecimento que revoltou milhares de fãs dando relevância pra personagem junto a Bat-Família.
Voltando, além
disso tudo A Piada Mortal é
importante por mostrar uma possível origem do Coringa (aproveitada até no filme de Tim Burton).
De todos os
inimigos da galeria do herói o Coringa é o mais emblemático deles. Seu passado
mesmo sendo explicado ainda se torna inconsistente e enigmático. Pois o próprio
nem acredita que sua vida possa ter sido assim.
Mais podemos
ter certeza que o Coringa é um agente do caos que age apenas pra destruir vendo
no Batman o seu nêmesis (e pode ter absoluta certeza de que haverá o momento no
qual ambos irão se matar).
A Piada
Mortal trouxe algo psicologicamente assustador, porque afinal de contas Batman e seu arqui-inimigo são na
verdade as duas faces da mesma moeda
.
Sim queridos
leitores lá no fundo o Morcegão e o Sr. C. são exatamente iguais.
De todos os
inimigos da galeria do herói o Coringa é o mais emblemático deles. Seu passado
mesmo sendo explicado ainda se torna inconsistente e enigmático. Pois o próprio
nem acredita que sua vida possa ter sido assim.
Mais podemos
ter certeza que o Coringa é um agente do caos que age apenas pra destruir vendo
no Batman o seu nêmesis (e pode ter absoluta certeza de que haverá o momento no
qual ambos irão se matar).
Dizem que
até no final dessa edição fica subentendido que Batman matou o Coringa, mas pra
mim isso não acontece. Batman finalmente cruzou aquela linha imaginária que
achava torná-lo tão diferente do Coringa.
Bruce caiu
no abismo e sua loucura extravasou, mas isso ninguém pode afirmar. A genialidade
de Moore está aí, pois cada um acredita no final que quiser podemos ver tal
afirmação através dos vários leitores que demonstram seu ponto de vista.
Bom, outro
embate psicológico e importante entre eles pode ser visto no gibi Batman: Cacofonia.
Afinal de
contas A Piada Mortal é completa, bem construída e fechada em sua conclusão.
Então posso analisar que é sem necessidade alguma pra que haja algo a mais em
sua história.
O dvd traz
algo inusitado que não havia na HQ original. Seja pela presença de Francesco,
um mafioso que demonstra ter uma paixão doentia pela heroína.
Ou ainda por
Babs demonstra estar apaixonada pelo Morcegão. Temos até uma cena de sexo
rolando no alto de um prédio. Sendo que lembrou demais aquela da Mulher-Gato que causou uma polêmica
desgraçada há algum tempo atrás.
Ficamos
quase meia hora de introdução pra sabermos como era a vida de Barbara Gordon e
o suposto relacionamento dela com Bruce pra depois termos uma animação
extremamente fiel ao gibi (com algumas mínimas alterações).
O então
antigo histórico de rivalidade entre o Cruzado
Embuçado e o vilão, unido ao término de uma relação conturbada e o crime
brutal cometido contra Bárbara torna-se o estopim pro herói caçá-lo.
Só pra
constar acrescento que a vida de Jim
Gordon ainda precisa ser salva. É através do Comissárrio que o Coringa
tenta provar que uma possível sucessão de acontecimentos ruins pode transformar
um homem comum num maníaco psicopata.
Vemos
novamente a origem do Coringa, mas há um
excesso de flashbacks que tornam a história confusa e muito chata.
A única
coisa que achei interessante foi a versão do Batmóvel que parece muito com o automóvel mostrado na série animada
dos anos 90.
Lembrando
que há pouquíssimo tempo atrás fiz uma postagem somente do Batmóvel.
Continuando,
a primeira coisa que não achei plausível foi esse relacionamento entre Babs e
Bruce (ficou diluída num tipo água com açúcar).
Usada apenas
como uma subtrama ou simples artifício e aditivo pra tudo que veio depois (isso
pra mim ficou muito estranho).
Apesar da
qualidade inegável desta animação houve uma imensa vontade de manter uma
fidelidade a obra original e ainda termos algo inteiramente novo.
Como fã do
gibi sou bastante chiita, pois as cores de John Higgins estão perfeitas
ajudando-nos a viajar por cada momento da edição.
E justamente
não vemos isso no DVD, pois a colorização cheia de luzes claras nos dá uma
ambientação bem diferente. Não senti nenhum apelo emocional nas cenas mostradas
e isso do meu ponto de vista foi horrível.
A Piada
Mortal foi a pior animação da empresa de todas que já assisti. Creio que seja
até pelo apelo carinho que tenho pela obra original que eu não consegui achar
nada que prestasse nesta animação.
Talvez quem
nunca tenha lido o gibi possa encontrar um bom divertimento mais disso eu tenho
dúvidas. Se quiserem assistir é por sua conta e risco, mas depois não reclamem
(já que eu avisei).
Espero que
tenham gostado.
Nem me dei ao trabalho de ver a animação. Não é por se tratar do gênio de Allan More mas acho que sua obra já está fechada em si. Não há nada mais que acrescentar em qualquer outra mídia.
ResponderExcluirMuito boa a sua critica! Com certeza não colocarei minha conta em risco.