segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Batman: A Piada Mortal


Como todos estão cansados de saber é uma edição que através dos anos tornou-se um dos maiores clássicos das histórias do Homem-Morcego.

Batman: The Kiling Joke tem roteiro do consagrado Alan Moore, arte do mestre Brian Bolland e cores de John Higgins.

Sendo uma daquelas raras e excelentes ocasiões em que arte, roteiro e cores se conectam trazendo um trabalho de qualidade ímpar.

Não dá pra fugir que a trama é marcada por causa do hediondo abuso sexual cometido contra Bárbara Gordon e infelizmente havia sido alvejada (fato que a deixou paraplégica).

Ao longo dos anos a personagem ficou marcada por causa deste tratamento violento ao excesso dado a ela. E vendo pelo ponto de vista atual é uma situação controversa pelo avanço do empoderamento feminino na sociedade mundial.

Transforma-la na Oráculo serviu como um pedido de desculpa por causa deste acontecimento que revoltou milhares de fãs dando relevância pra personagem junto a Bat-Família.

Voltando, além disso tudo A Piada Mortal é importante por mostrar uma possível origem do Coringa (aproveitada até no filme de Tim Burton).

De todos os inimigos da galeria do herói o Coringa é o mais emblemático deles. Seu passado mesmo sendo explicado ainda se torna inconsistente e enigmático. Pois o próprio nem acredita que sua vida possa ter sido assim.

Mais podemos ter certeza que o Coringa é um agente do caos que age apenas pra destruir vendo no Batman o seu nêmesis (e pode ter absoluta certeza de que haverá o momento no qual ambos irão se matar).

A Piada Mortal trouxe algo psicologicamente assustador, porque afinal de contas Batman e seu arqui-inimigo são na verdade as duas faces da mesma moeda
.
Sim queridos leitores lá no fundo o Morcegão e o Sr. C. são exatamente iguais.

De todos os inimigos da galeria do herói o Coringa é o mais emblemático deles. Seu passado mesmo sendo explicado ainda se torna inconsistente e enigmático. Pois o próprio nem acredita que sua vida possa ter sido assim.

Mais podemos ter certeza que o Coringa é um agente do caos que age apenas pra destruir vendo no Batman o seu nêmesis (e pode ter absoluta certeza de que haverá o momento no qual ambos irão se matar).

Dizem que até no final dessa edição fica subentendido que Batman matou o Coringa, mas pra mim isso não acontece. Batman finalmente cruzou aquela linha imaginária que achava torná-lo tão diferente do Coringa.

Bruce caiu no abismo e sua loucura extravasou, mas isso ninguém pode afirmar. A genialidade de Moore está aí, pois cada um acredita no final que quiser podemos ver tal afirmação através dos vários leitores que demonstram seu ponto de vista.

Bom, outro embate psicológico e importante entre eles pode ser visto no gibi Batman: Cacofonia.

Afinal de contas A Piada Mortal é completa, bem construída e fechada em sua conclusão. Então posso analisar que é sem necessidade alguma pra que haja algo a mais em sua história.

O dvd traz algo inusitado que não havia na HQ original. Seja pela presença de Francesco, um mafioso que demonstra ter uma paixão doentia pela heroína.

Ou ainda por Babs demonstra estar apaixonada pelo Morcegão. Temos até uma cena de sexo rolando no alto de um prédio. Sendo que lembrou demais aquela da Mulher-Gato que causou uma polêmica desgraçada há algum tempo atrás.

Ficamos quase meia hora de introdução pra sabermos como era a vida de Barbara Gordon e o suposto relacionamento dela com Bruce pra depois termos uma animação extremamente fiel ao gibi (com algumas mínimas alterações).

O então antigo histórico de rivalidade entre o Cruzado Embuçado e o vilão, unido ao término de uma relação conturbada e o crime brutal cometido contra Bárbara torna-se o estopim pro herói caçá-lo.

Só pra constar acrescento que a vida de Jim Gordon ainda precisa ser salva. É através do Comissárrio que o Coringa tenta provar que uma possível sucessão de acontecimentos ruins pode transformar um homem comum num maníaco psicopata.

Vemos novamente a origem do Coringa, mas há  um excesso de flashbacks que tornam a história confusa e muito chata.

A única coisa que achei interessante foi a versão do Batmóvel que parece muito com o automóvel mostrado na série animada dos anos 90.

Lembrando que há pouquíssimo tempo atrás fiz uma postagem somente do Batmóvel.

Continuando, a primeira coisa que não achei plausível foi esse relacionamento entre Babs e Bruce (ficou diluída num tipo água com açúcar).

Usada apenas como uma subtrama ou simples artifício e aditivo pra tudo que veio depois (isso pra mim ficou muito estranho).

Apesar da qualidade inegável desta animação houve uma imensa vontade de manter uma fidelidade a obra original e ainda termos algo inteiramente novo.

Como fã do gibi sou bastante chiita, pois as cores de John Higgins estão perfeitas ajudando-nos a viajar por cada momento da edição.

E justamente não vemos isso no DVD, pois a colorização cheia de luzes claras nos dá uma ambientação bem diferente. Não senti nenhum apelo emocional nas cenas mostradas e isso do meu ponto de vista foi horrível.

A Piada Mortal foi a pior animação da empresa de todas que já assisti. Creio que seja até pelo apelo carinho que tenho pela obra original que eu não consegui achar nada que prestasse nesta animação.

Talvez quem nunca tenha lido o gibi possa encontrar um bom divertimento mais disso eu tenho dúvidas. Se quiserem assistir é por sua conta e risco, mas depois não reclamem (já que eu avisei).

Espero que tenham gostado.


Um comentário:

  1. Nem me dei ao trabalho de ver a animação. Não é por se tratar do gênio de Allan More mas acho que sua obra já está fechada em si. Não há nada mais que acrescentar em qualquer outra mídia.

    Muito boa a sua critica! Com certeza não colocarei minha conta em risco.

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