quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O Novo Batman



A bombástica revelação que Ben Affleck vestiria o uniforme do Morcegão foi o assunto mais comentado na web. Eu particularmente sou contra, pois tenho certeza absoluta que o ator não tem perfil para o herói.

Historicamente os fãs do Homem-Morcego fizeram muitas reclamações quando Michael Keaton interpretou o personagem. Na época vestiu uma armadura (com salto nas botas pra ficar mais alto), mas mesmo assim foi um sucesso estrondoso. Sua interpretação é marcada por nos apresentar um Bruce Wayne amargurado e um Batman introspectivo.

 E assim Tim Burton com sua versão sombria fez a batmania retornar algo que havia sido perdido desde Adam West. Pra falar a verdade até Adam West sofreu críticas inicialmente por apresentar aquela famosa “barriguinha” quando vestia o uniforme do Cruzado de Capa.

Quando chegou a vez de Val Kilmer (o cara do beicinho) e George Clooney (o galã de Plantão Médico) nossas esperanças foram jogadas no lixo, pois Joel Schumacher havia trazido uma comédia pastelão pior do que a dos anos 1960.

Os cenários tornaram-se maiores repletos de cores e neon sem contar que o roteiro era absurdo e havia vilões demais (e ainda inventaram o bat-cartão de crédito e mostraram bat-mamilos no uniforme, blarg!!).

As melhores coisas deste período foram a Batgirl (Alicia Silverstone) que usava uma versão do traje da Caçadora e Nicole Kidman (Dra. Chasey Meridian) que estava em início de carreira (fora isso ambos os filmes são intragáveis).

E então Christopher Nolan trouxe Chris Bale para protagonizar sua versão. O ator havia trabalhado em Psicopata Americano (um sucesso de crítica) e ainda de quebra tivemos Lucius Fox um personagem pouco visto nos gibis (interpretado por deus Morgan Freeman).

Chris Bale mostrou como a  dor da perda deixou a alma de Bruce corroída afetando sua vida no aspecto psicológico.

Também houveram reclamações quanto a Chris Bale não ter o famoso “queixo quadrado”, mas pra mim isto foi sem importância. Muitos dão crédito ao sucesso da franquia por causa da interpretação de Bale. Só que não devemos nos ater apenas isso, porque foi um conjunto de fatores que levaram ao êxito.

Primeiro o roteiro de David S. Goyer que mostrou conhecimento do universo do personagem, segundo a direção de Christopher Nolan demostrando o herói, vilões e armas de forma verossímel.

Esse é o principal divisor entre os fãs, pois alguns acreditam que não vemos o Batman dos quadrinhos nas telas. Só pela falta dos vários acessórios característicos dos gibis.

Sinceramente quero ver uma adaptação decente e o que Nolan apresentou foi mais coerente que na franquia Schumacher.

E o terceiro foi a inclusão de Chris Bale  dividindo as cenas com Michael Caine (Alfred) a empatia perfeita que tiveram aproximou com êxito tudo que vimos na versão animada de Bruce Timm.

Quando terminou a trilogia minha preocupação era quem seria o novo Batman? Na forma mostrada por Nolan o herói “nunca” agiria numa equipe e a principal decisão seria recomeçar tudo e repensar no seu M.O. para que tal fato pudesse acontecer.

O sucesso de Superman daria o ponta pé inicial  para um possível filme da Liga, porém ainda não tem nenhum roteiro aprovado. E ainda tivemos a escalação de Ben Affleck  como diretor (foi um alívio quando soube que era apenas um boato).

O ator havia encarnado o Demolidor que foi um fracasso e ficou pichado entre os fãs.


O grande problema é que condensaram 40 anos de história do herói cego numa tacada só e somos apresentados a trajetória trágica grega de Matt Murdock. Um menino que perdeu seu pai ao vencer numa luta forjada e que também perdeu a visão ao ter materiais radioativos banhados em seu rosto.

Matt Murdock perdeu a visão mais seus outros sentidos foram ampliados a níveis fora do comum. Apesar de ser muito querido pelos fãs de quadrinhos em geral o Demolidor nunca foi um herói top da Marvel, mas atingiu um certo auge durante a clássica A Queda de Murdock de Frank Miller e David Mazzucchelli (que mergulhou o personagem num universo mais realista e assustador e só.

Sua versão só ganhou as telonas porque havia dinheiro em caixa sobrando de Homem-Aranha 2.

 Há pouco tempo atrás esteve rolando na web  a notícia do gibi a Morte do Demolidor. Bom, já foram tantos heróis que já morreram e voltaram que eu detesto este assunto. A morte nos quadrinhos tornou-se algo corriqueiro e um grande caça níqueis .

Voltando, todo mundo chiou ao saber que Ben Affleck iria interpretar o personagem, pois sua má fama de canastrão e inexpressivo o precedia. Mais pra mim vi uma boa apresentação de Matt Murdock sendo muito bem caracterizado.

O universo do herói cego estava todo ali, mas o roteiro pecou pelo excesso. Aliás Jennifer Garner estava realmente linda como Elektra seu maior e melhor par romântico das HQs. E eu adoro a cena em que Matt “vê” o rosto de sua amada na chuva é muito poética.

A parte ruim é aquela câmara de imersão que Matt usa para dormir e ter dois vilões no seu pé o infame Mercenário (Collin Farel) e o desprezível Rei do Crime que ficou ótimo vivido pelo saudoso ator Michael Clark Duncan.


O fato é que Matt no mesmo filme conhece Elektra e a perde sendo morta pelo Mercenário numa cena igual das HQs, pois poderiam ter feito isso num segundo ou terceiro longa. É um bom filme do Demolidor com belas cenas de ação principalmente no final quando vemos o herói pulando por entre os prédios.
Algumas pessoas criticam tanto o ator que se esquecem de prestar atenção apenas ao filme.

 Só que o sucesso na consagração do Oscar (Argo) fez a cúpula da Warner Bros. querer investir no ator para encarnar o Cruzado Encapuçado em 2015.

A ira dos fãs choveu pela internet tendo até um abaixo assinado online pedindo o afastamento do ator do futuro filme. Concordo claramente com isso, pois Affleck não tem nada que possa acrescentar ao Morcego.

Acho que o maior erro dos medalhões da Warner é sempre colocar atores renomados para chamar atenção do “grande público” para seus filmes.


Como fã gostaria de ver outra pessoa ou até mesmo Chris Bale retornando ao papel (se for do interesse dele é lógico). Mais se isto não for possível que se empenhem para mostrar algo decente, pois reclamações é que não faltarão.

sábado, 31 de agosto de 2013

HULK




Herói? vilão? monstro?
União de partículas gamas e raiva contida
Liberte-o Banner Liberte-o
Krash!

Conan



Cimério
O Barbáro
Nada escapa ante a lâmina afiada de tua espada que sempre aspira sangue
Assassino frio
Nunca conheceu a derrota numa luta...



Alex Sandro Franco

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Homem de Ferro 3 ou Robert Downey Jr 3?

 














Passado alguns meses do lançamento de Homem de Ferro 3,  deixo minha opinião sobre o que vi nesse terceiro filme.
Eu tinha dito em postagem anterior, que Robert Downey Jr não era o homem de ferro, e sim o homem de ouro da Marvel.
Acho que o problema do terceiro filme é justamente esse.
O problema de HdF3 é a exposição demasiada de Robert Downey Jr.
O fato de Robert ter elevado Tony Stark/Homem de Ferro à ícone pop é digno de todos os elogios possíveis. Não há como negar o talento do ator para interpretar o vingador dourado.
Em postagem anterior disse: Não estou dizendo que a direção foi mediana ou ruim, mas sabemos que Robert levou os dois filmes "nas costas".
Temos quase certeza( quase...) de que sem ele, a franquia não teria o mesmo êxito. Não seria uma franquia ruim. Mas seria o que é hoje?


Alguém discorda disso? Acredito que não!

Robert Downey Jr é Tony Stark, é impossível desassociar eles.
Infelizmente, em HdF3 a Marvel quis justificar o investimento de 50 milhões pagos a Robert por atuar em Os Vingadores e de 25 milhões pagos por HdF3.
Num filme de 130 minutos, Tony Stark aparece pouco vezes vestindo a armadura. A maioria das cenas do filme é com Tony Stark, ou seja, o ator Robert Downey Jr está presente em todas elas. Entendem onde quero chegar?
O filme não é O Homem de Ferro 3? E porque isso não aconteceu no filme?
Robert Downey Jr é explorado sem moderação no longa.
Não fiquei feliz com a proposta de HdF3, apesar do sucesso estrondoso de bilheteria o filme na minha opinião foi mal trabalhado.
O roteiro é fraco, e serve como "escada" para Os Vingadores 2.
Como disse minha namorada ao sair da sala de exibição: parece um grande trailer para o segundo filme de Os Vingadores. Não houve preocupação com a qualidade. o filme não foi inteligente!
 
Essa preocupação de fazer Robert aparecer excessivamente no filme foi desnecessária ou muito apelativa.
Adoro as atuações de Robert, no entanto, sua exposição excessiva no terceiro filme não é correta e é desgastante para quem assiste.
Se houver o quarto filme, assistirei, mas receoso, e aspirando que Robert Downey Jr fique mais tempo trajando armadura. Visto que, se eu quisesse ficar admirando o belo rosto de Robert Downey Jr alugaria os filmes Sherlock Holmes 1 e 2 e não iria ao cinema assistir o filme do vingador dourado.
A franquia O Homem de Ferro não pode "sucumbir" ao ator. 
Confesso que após HdF3 também temo pelo futuro de Os Vingadores 2, pois, Joss Whedon afirmou numa entrevista que não imagina o segundo filme sem Robert Downey Jr.
Isso é preocupante, pois, a franquia Os Vingadores não pode ser dependente de um ator.
Nós, fãs, queremos que os filmes da Marvel continuem com qualidade e universos interligados, apenas isso, não estamos preocupados com quem interpretará os heróis.
Mesmo esse ator sendo o talentoso Robert Downey jr.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

ZOD PARA ALÉM DO BEM E DO MAL.



Atenção: este artigo contém spoiler. Se você não viu o filme O Homem de aço e pretende vê-lo seria aconselhável ler este artigo depois da sessão.

Os fãs (lê-se viúvas) de Richard Donner e Christopher Reeve me desculpem, mas Man of Steel é o melhor filme do heroi até hoje. A começar pela ausência de longuíssimas cenas românticas (lê-se chatíssimas) entre Clark Kent/Superman e Lois  Laine (obrigado Zack Snyder!) que marcaram exaustivamente os primeiros filmes. Também as cenas de ação bateram e muito (desculpem o trocadilho infame.) nos anteriores. É claro que são épocas distintas, mas incluo aqui todas as versões cinematográficas, sem exceções. E para àqueles que disseram que as longas 2 horas e meia do filme foram rápidas e por isso suas cenas sintéticas, é porque não despertaram ainda para o século XXI em que nosso cérebro precisa se adaptar aos excessos de informações para que possamos apreender o que de fato nos serve delas durante todo o dia. A época da contemplação mágica do cinema, com cenas longuíssimas e que às vezes caiam no mesmo ponto em que estas começavam, não existe mais. É por isso que as séries de tv fazem tanto sucesso nos dias atuais e enquanto ao cinema teve que se adequar ao sistema cada vez mais evidente da franquia.

A diferença do longa  de Snyder ter dado certo é que o drama (que é escolher entre os dois mundos em uma batalha) e a tragédia (que é saber que sua existência se fundamenta em salvar sua espécie). Andam de mãos dadas harmonicamente. Não estou falando especificamente de Kal El/Kent/Superman (interpretado aqui pelo até então azarão Henry Cavill da série Showtime). O drama certamente é a parte que lhe cabe. Mas talvez o que mais chama atenção é a tragédia embutida no general Zod (Michael Shannon o ambíguo policial “queixo grande” da série Boardwalk Empire).

Não vou perder meu tempo enumerando coisas “que fogem da essência do personagem”, porque na verdade elas não existem.  A meu ver criticas feita por fãs do personagem quanto a “Jor El (Russell Crowe) parecer mais um guerreiro que um cientista” ou que “Lois Lane estar loira e Perry White ser negro” é irrelevante (basta aqui reproduzir o entendimento de Alex Franco (colaborador desse blog) que me parece válida: “o povo de Krypton é um povo colonizador, logo, a essência da conquista faz parte e sua cultura”). Não preciso dizer muito a respeito disso.

Jor El (Russell Crowe). Pai de Kal El (Superman) cuja formação cientifica não exclui sua cultura colonizadora.
O que faz do general Zod ser tão diferente de Jack Bauer? A arma?
Mas o que quero falar é desta ambiguidade que muitas das vezes teimamos em colocar em um plano moral quando na verdade a coisa é muito mais complexa do que essa mera retórica poderia dar conta: General Zod, Vilão ou heroi?
É claro que pus aqui à pergunta o termo “heroi” só pra provocar. Na verdade o próprio conceito de heroi, hoje, está restrito a posições ideológicas beirando o nacionalismo protestante (Jack Bauer, da série 24 horas que o diga). Logo, as virtudes que vemos aqui, estão mais próximas do ideal aristotélico que filantrópicas ou humanísticas. A outra pergunta é que diferença faz qualquer uma dessas correntes?

Mas esqueçamos desta pergunta – também foi só pra provocar – a pergunta de fato que ponho em tela é: Zod de fato é um vilão? Certamente não é o clássico vilão. Este clássico vilão morreu quando caras como Allan More lhes prestaram redenção ao escrever Histórias memoráveis como A Piada Mortal (já em 1988). Antes disso, obviamente, outras edições que não me recordo aqui, tornaram-se quebra de paradigmas ao libertar os vilões de sua “natureza” clássica.
Enfim o “preto” da maldade se fundiu com o “branco” encardido dos herois contemporâneos que põem em duvida suas questões éticas e ideológicas e tal qual uma banda de rock são obrigados a ficarem afastados uns dos outros até que um perigo de proporções um universais venham a uni-los novamente. E assim, tudo ficou cinza. Porque os “herois” tiveram que descer um degrau da decência na mesma medida que os vilões subiram de sua claustrofóbica e estereotipada (por que não caricata?) condição de meros sádicos sem nenhum propósito ou  teor hedonista, para as instancias humanas, demasiadas, humanas. E olha que não foi preciso nenhuma “magia” para isso acontecer.


Filmes como o regular Homem-Aranha 3 de Sam Raimi, de 2007, já davam inicio a esta nova perspectiva do vilão como ser humano dotado de  multiplicidade existencial (como todos nós). Mas é no desenho Megamente, 2010, (veja crítica no site omelete) que vemos, talvez pela primeira vez, personagens vilões mais próximos de gente como a gente do que os próprios super-herois e que apenas, por azar do destino ou mero “acidente de percurso” , o ambiente em que estas pessoas foram moldadas é o que determinará seus comportamentos e atitudes (mais Existencialista que isso, só Sartre!). É bem diferente do conceito simplista do indivíduo ter nascido “sementinha do demônio”, como às vezes, é usado por certos apresentadores sensacionalistas de TV para determinar que algumas pessoas nascem para praticar o mal, sem ao menos entender o que de fato as tornaram tão violentas ou transgressoras. Para muitas dessas pessoas, faltam oportunidades. As mesmas que faltaram para Flin (alter ego de Home-areia) no longa do HA3 e do próprio personagem Megamente. para os apresentadores de plantão, falta de vergonha ou de Sartre, mesmo). 

O mesmo se deu com Cristopher Nolan  que não escapou dessa nova tendência e por isso também nos presenteia Coringa (o ator? dispensa apresentações daquele que simplesmente imortalizou este personagem não somente no cinema, mas em qualquer mídia que ele venha a aparecer) e o trágico Bane (Tom Hardy) em sua inenarrável trilogia do Cavaleiro das trevas. A melhor franquia do Batman até agora.



Lembro-me de outra história, dessa vez nos quadrinhos: era do próprio Homem-Aranha. Uma história diferente de tudo que eu havia lido do aracnídeo. Não me lembro do roteirista e nem do desenhista (não liguem, isso sempre acontece comigo), o titulo era mais ou menos,;"Os dois lados da moeda.", acho. Conta um dia na vida de Peter Parker/Homem-Aranha, que todo mundo conhece e de um outro personagem só que desconhecido. Os quadros são divididos por ações em tempo real dos dois personagens principais. Peter acorda ao lado de Mary Jane Watson, o desconhecido acorda ao lado de sua esposa que encontrava-se grávida (Assim acredito recordar), ambos dizem para as suas respectivas esposas quando estas perguntam que irão trabalhar. E no fim do dia ambos se encontram. Peter como Homem – Aranha e o ilustre desconhecido na pele de um assaltante. O mais medonho é que o homem aranha é extremamente violento, truculento como um policial seria a um suspeito. Ele chega a ofender e diminuir seu adversário mesmo depois de subjugá-lo fisicamente. O homem, após uma violenta surra, vai preso, Peter chega em casa exausto. Diz para a Mary que o trabalho foi de acordo como os outros dias e que terá uma noite de sono agradável. O homem, não vai para a casa deixando a mulher e o seu futuro filho em condições subumanas.
Até o Homem-Aranha, como qualquer mortal, tem seus dias de "Bad-Boy". 

Talvez isso dê uma ideia do quanto tais questões no âmbito da moral, como a ética e a nobreza estejam em cheque nos dias de hoje. E deveriam. Porque tais moralismos, a meu ver, apenas servem para encobrir o que de mais sombrio se esconde por nossas cordiais atitudes. E os quadrinhos não é um caso à parte. Não preciso entrar em detalhes, todo o leitor de quadrinhos percebeu isso após a Guerra civil (da Marvel) e outras séries de proporções semelhantes (no caso da DC), quebrarem paradigmas morais.
Então por que Superman não pode matar? Por que Zod tem mais essa culpa para levar para o tumulo?
Muitas pessoas que viram o filme criticaram Zod, chamando-o de conquistador, e mais; de fazer com que Superman se corrompesse no final. Mas afinal, quem corrompeu quem? Zod era um soldado. Fãs de Jack Bauer da série 24 horas repudiaram a atitude de Zod, mas não criticaram as atitudes do personagem de Kiefer Sutherland no decorrer das oito temporadas. Seria por Zod ser um alienígena, logo, um estrangeiro e por isso, não teria o direito de reivindicar uma segunda chance a sua espécie? Aí vocês vão me dizer, “mas Ka El é Kriptoniano!” Será? Se fosse ele teria aderido à causa de Zod. Na verdade Kal El nunca existiu. O que de fato existe é Clark Kent. Toda a formação de decência e “nobreza” ele aculturou de seus pais adotivos. Ou melhor dizendo, Kal El nunca existiu porque o destino fez com que prevalecesse a existência de Clarck Kent por um processo de endoculturação.  O que de fato ele “herdou” da essência Kriptonyana, ou seja, de seu pai e mãe biológicos, nada mais é que os princípios filosóficos de um povo evoluído tecnologicamente... e  colonizador.
Clark Kent X General Zod. Suas origens remetem da mesma espécie, porém pertencem a culturas diferentes.

Quando Superman tira todas as chances de Zod de reconstruir Kripton na terra, ele também tira a única razão de Zod existir, porque, volto a tocar nos mesmos termos que venho repetindo, ele é um soldado, criado para defender a existência de Krypton. Mais do que isso, ele foi “pré-fabricado” no maior estilo Admirável mundo novo/1984 (obras literárias de Huxley e Orwell respctivamente) onde pessoas nasciam para servir seus sistemas (totalitários?) de castas, enquanto Kal El fora a primeira criança nascida naturalmente do ventre de sua mãe. Coisa que não acontecia há muito tempo em Krypton.   Só isso dá pra justificar o fato de Zod ter sido moldado para um propósito. Sem Kripton não há razão de Zod existir. É por isso que ele diz a Kal El: “Há única razão de minha existência, era trazer de volta Kripton. E você me tirou isso.” Para em seguida decretar: “esta luta terminará quando uma de nós morrer.” Ou vocês acham, querido leitores, de verdade, que Zod, um veterano de guerra altamente treinado e ainda capacitado com os mesmos poderes solares que Kal El, iria perder para um garoto criado com sucrilhos? Zod sai de cena como um verdadeiro heroi, mas não um heroi “nobre” ou “humano”. Mas um heroi que lutou até o fim pelo que acreditava.

Longe de qualquer debate moral o que coloco aqui é a questão existencial de Zod. Se ele luta e mata, não é por honra ou virtude. mas por um “bem maior”(o bem que favoreceria a sua espécie) e “por uma causa”(o de perpetuar o legado conquistador de seus pares) e estes códigos existenciais que todos nós carregamos inato dentro de nós  não implica atos nobres ou éticos. Por acaso a fome, o sexo ou qualquer que seja nossas necessidades fisiológicas exigem moral e nobreza? E aonde a cultura cabe nisso? Ela faz parte da natureza? Então como a nossa cultura pode ser a mais virtuosa até mesmo que a do próprio vizinho sem sermos obrigados a ter que admitir naturezas distintas?  (E olha que temos vizinhos pra caramba!) 

Os objetivos de Zod implicam apenas a perpetuação de sua espécie. Espécie essa que, por uma questão cultural, colidem com os interesses de Kal El porque colidem com os interesses da terra.
Muitas pessoas discordarão disso. Mas vai lá. É um debate e não sou dono absoluto de nenhuma razão. Expus aqui apenas as razões desse interessante personagem tão bem abordado por Snyder e talvez outro diretor não seria diferente por não ter a opção de escapar a abordagem tão contemporânea. A única coisa que espero nas futuras replicas é que estas venham despidas de qualquer visão etnocêntrica e abertas a olhar o outro sem apriorismos.
Em suma, e voltando a repetir, homem de aço é o melhor filme do personagem de todos os tempos (até agora). Porque carrega fortes ingredientes de um filme digno de ação com um pouco da tragédia contemporânea (ingredientes esses que tantos diretores de personagens HQs souberam entender em Ang Lee) e não soa repetitivo e monótono como os filmes de Donner ou até mesmo de Bryan Singer. Desculpem o clichê, mas está na hora de deixarmos os mortos descansarem e seguirmos em frente.

O bicho pode ser feio ou bonito de acordo com nossas crenças culturais. Mas até que ponto podemos considerar da ordem natural quando se trata do interesse comum de uma comunidade? 


Curiosidade da vida pra tela:
Você sabia que o ator Henry Cavill foi conhecido como o ator “mais desafortunado de Hollywood”?  Justamente por perder papéis importantíssimos cujos personagens nada mais foram que James Bond, Batman e (pasmem!) o próprio Superman (só que no longa anterior: Superman Returns!)? puxa, isso é que é dar a volta por cima!



segunda-feira, 27 de maio de 2013

De Zod para Kal-El

Henry Cavill parece estar à vontade interpretando essa nova versão de Super Homem em O Homem de Aço . Mas, assistindo ao novo trailer do longa intitulado de O Destino do Seu Planeta, outro ator "rouba" para si nossa atenção. Ele é Michael Shannon e ele atua como General Zod. Shannon arrepia no novo trailer, e traz uma versão repaginada, contundente e vigorosa do vilão kriptoniano e terá oportunidade de ficar imortalizado na galeria de atuações brillhantes como ficou Ledger como Coringa.
O novo vídeo se afasta do sentimentalismo presente nos trailers anteriores e eleva a tensão. Imponente e em tom ameaçador, Zod coloca o destino da Terra nas mãos de seus habitantes.
Eis o discurso de Zod presente no trailer:
Vocês não estão sozinhos.
Meu nome é General Zod.
Eu cruzei um oceano de estrelas para chegar aqui.
Seu mundo abrigou um de meus cidadãos.
Ele parece com um de vocês.
Mas ele não é um de vocês.
Para aqueles que conhecem o seu paradeiro.
O destino do planeta está em suas mãos.
Para Kal-El, eu digo isso...
Renda-se em 24 horas...
...Ou veja esse mundo sofrer as consequências.


Alex Sandro Franco








Estigmatizados



O novo filme do Wolverine me lembrou um fato interessante os atores que alcançam sucesso ao interpretarem super-heróis ficando icônicos por conta de suas representações.

Interpretar um super-herói num filme é algo que levanta (ou derruba) a carreira de um ator, mas infelizmente após isso alguns ficam marcados. E suas carreiras artísticas não conseguem desempenhar o sucesso almejado.

Só em pouquíssimos casos isto não influencia em nada. Talvez a situação mais importante e marcante quanto a isso foi o caso de George Reeve, o Superman da série televisiva dos anos 50 que infelizmente viu sua carreira naufragar após ter envergado o manto azul e a capa vermelha.  Dizem a lendas que as pessoas riam de sua aparição ao se recordarem que havia feito o kriptoniano. E seu final trágico até hoje carece de uma explicação razoavelmente plausível.

Outro Superman marcante e este eu não poderia deixar de falar foi Christopher Reeve que sofreu um acidente quando praticava equitação e ficou paralítico. Sua presença como Superman é tão envolvente quanto sincera, pois é impossível não acreditar que ele é o Homem de Aço. Chris demonstrou ser um herói da vida real quando lutou pela utilização das células tronco para recuperar pacientes que estavam na mesma situação que ele. 

Desde que Bryan Singer dirigiu o primeiro X-Men, temos Hugh Jackman como a encarnação perfeita do mito Wolverine. São mais de dez anos dedicados á um só personagem e minha pergunta é até quando?

Sim, por mais que eu goste de vê-lo no papel todos nós sabemos que Logan é praticamente um imortal ( assim como todo personagem de HQ). O caso é que Jackman em algum momento  vai ter que dizer não posso mais, pois a idade tá chegando.

Infelizmente temos que pensar desta forma. Olhem quantos Supermen, Batmen e James Bond já tivemos na telona? São casos claros demonstrando a intenção que o personagem fica e ator sai.

Continuando David Duchovny ficou mundialmente conhecido  quando interpretou O Estranho Mulder da série paranormal Arquivo X. A série contava as aventuras de Mulder ao lado da Agente Scully interpretada pela linda Gilian Anderson aonde fatos fora do comum eram investigados.

A tônica entre a veracidade do ocorrido presenciada por Mulder contra o ceticismo científico de Scully tornou Arquivo X um dos maiores sucessos de sua época. E então de repente Duchovny num acesso de estrelismo quando a série estava no auge largou-a para tentar brilhar em outras paragens.

Sofrendo com um grande balde de água fria atuando no ridículo Evolução, mas voltando ao ápice na ótima série Californication (que infelizmente assisti poucas vezes).

Outro que ficou marcado foi Ben Affleck que ganhou o Oscar pelo filme Argo, mas amargou pesadas críticas em Demolidor. Na história tivemos condensados 40 anos da existência do Homem Sem Medo  mostradas de uma tacada só. O fato de ter dois vilões (o Mercenário e o Rei do Crime) juntando a morte da heroína Elektra resultou num fiasco enorme.

Estive revendo o longa há pouco tempo atrás e analisando friamente não é ruim, pois os efeitos especiais são bons, a caracterização dos personagens estava ótima, o filme é leve e repleto de ação nos momentos certos,  mas o grande problema é que quiseram mostrar coisas demais num só filme. E isto infelizmente estragou tudo.

Bom, houve boatos na web que Affleck iria dirigir o futuro longa da LJA graças á Deus que isso não aconteceu, porque a DC precisa encontrar um diretor que seja além de visionário um fã dos personagens para transpô-los da melhor maneira possível pra telona.

A franquia do Cabeça de Teia com Sam Raimi deu certo por conta disso mesmo com aquelas horríveis teias orgânicas. E  do meu ponto de vista é preciso planejar bastante para que não lancem somente por que Os Vingadores fez sucesso de crítica e principalmente de bilheteria.

Voltando, e agora temos Robert Downey Jr. num raríssimo caso de vida imitando a arte, pois enquanto Downey Jr. salvou o Gladiador Dourado, Tony Stark salvou Downey Jr.

 A  verdade é que Tony Stark não era um herói conhecido do grande público até o ator interpretá-lo e transformar o Homem de Ferro em ícone pop. É chover no molhado dizer isso?  Sim, porém foi  assim que aconteceu não há como se enganar.

Podemos notar pelas ruas mais pessoas usando a camisa do Vingador Dourado fato que era raríssimo tempos atrás. E agora teremos a pergunta até quando o ator irá interpretar o latinha?


A idade está chegando e não é qualquer ator que consegue ou quer manter o ritmo desenfreado de estar num filme de ação. Será que o  Tony Stark de Downey Jr. ficará marcado pra sempre  como o James Bond de Sean Connery?

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O Perigo da Nostalgia




Nós que gostamos de animes, desenhos e gibis sempre falamos que na nossa época tudo era melhor ou que havia algum desenho específico da nossa infância que era bom até dizer chega.
Mais quando temos a oportunidade de revê-lo cai um balde de água fria em nossa cabeça. Tipo cadê aquilo tudo que eu via antigamente? Ser criança tem dessas coisas é igual Backiardigans assim que comecei a colocar pro meu filho assistir eu odiava toda aquela cantoria, danças e colorido.

Mais depois de acompanha-lo diversas vezes passei a gostar dos personagens, porque Backyardigans mistura em suas danças os mais variados estilos musicais como: salsa, merengue, mariachi, jazz, rock anos 60 e até a música indiana.

 E isto me surpreendeu porque demonstra o universo infantil de maneira clara Pablo e cia vão para todos os lugares maravilhosos seja no fundo do mar, no centro da Terra, no espaço longínquo, vivendo como cowboys, enfrentando alienígenas ou virando super-heróis.

Estas inúmeras situações acontecem apenas no quintal de suas casas, pois viajam sem sair de lá. É justamente na imaginação um lugar tão fértil na mente de uma criança que cabe o universo inteiro e muitas outras coisas que nós não imaginamos.

O problema é que nós adultos (pelo menos a grande maioria) já esquecemos que fomos crianças e isto em alguns casos gera algum tipo de conflito. Criança é tudo aquilo que nós fomos e adultos é tudo que ela poderão se tornar. É um ciclo inquebrável e não é á toa que Peter Pan não deseja crescer.

Bom, aqui vai um exemplo meu amigo JC Anjos me emprestou há algum tempo atrás O Pirata do Espaço que foi um grande sucesso quando esteve no ar quando éramos mais jovens. Na animação o cientista  Professor Yan foi obrigado a construir uma nave de combate superior á qualquer outra para o Imperador Geldon.  O Professor foge ao concluir a nave levando consigo sua filha Rita, mas é atingido por um tiro e manda a moça fugir sozinha.

Rita estava ferida á bordo do Pirata e a nave vindo em direção ao nosso planeta cai perto da Base Akane. Logo á moça é salva pela turma do  Professor Tobishima e seu protegido o intrépido piloto Joe Kasaka.

 Quando Rita começa a se recuperar conta a história de tudo que aconteceu só que o Imperador quer  o Pirata de volta pra poder conquistar nosso planeta e envia vários robôs-bombas para concretizar tal intento.
Joe vira piloto da nave ao lado de Rita para defenderem a Terra. Isto é o Japão, pois como estamos cansados de saber tudo quanto é monstro ou vilão desce na Terra do Sol Nascente para tentar conquistar o mundo, não sei porque?

Eu adorava quando o Professor Tobishima dizia: “Joe! Rita! Preparar o Pirata do Espaço” e então a rampa subia de baixo d’água com uma música de fundo para a nave decolar. E então vim pra casa super feliz com o DVD nas mãos e coloquei pra assistir e reencontrar uma parte emocionante do meu passado.

Quando comecei a rever achei o anime arrastado e a sequência de transformação de nave para robô (que eu adorava demais) me encheu a paciência ao notar que as naves inimigas ficavam “esperando” aquilo tudo pra poderem atacar e ser derrotados que decepção.

Vou ser extremamente sincero não deixei de gostar do Pirata do Espaço faz parte da minha vida. No entanto aprendi que há certas coisas que é melhor deixarmos no passado para assim poder preservar melhor nossa memória.

Outro fato que despertou a minha atenção foi a volta do palhaço Bozo (“alô criançada o Bozo chegou trazendo alegria pra você e vovô...”). Inicialmente aos sábados um novo artista assumiu a cabeleira vermelha e os sapatos longos do antigo mito dos anos 80.

De repente no Bom Dia & Cia o Yuddi que comandava o programa infantil ao lado da Priscilla simplesmente deu puff e sumiu. Eu não sei se retiraram ou despediram ou substituíram o rapaz na maior cara de pau mesmo, porque logo o palhaço ressurgiu como uma fênix das cinzas do passado.

Lembro que meus amigos e eu comentávamos que havia 3 atores que interpretavam o palhaço e que um deles até morreu (agora não sei se isto é verdade ou mito).

O fato é que para muitos iguais a mim ver o programa do Bozo era poder sentar á frente da TV  curtindo Spectreman e Ultraman dois dos maiores heróis nipônicos já criados e extremamente cultuados por aqui e no mundo todo.

O Bozo apresentava-se ao lado de seu fiel ajudante o garoto Juca e teve uma animação sua que eu adorava muito na época. E hoje revendo-a notei é que muito ruim e chata ao extremo.  Como é que eu pude ter gostado de um desenho daquele? Criança se engana á toa podemos realmente constatar isto.

 Desta vez não vi o palhaço com ar de nostalgia mais de comparação e senti a  diferença, porque o programa não me empolgou em nada.

Acho que na verdade nem deveria, pois é feito para crianças mais achei e ainda acho este novo Bozo fraco pra caramba, pois soa falso e forçado não é “natural” como antigamente. Porque será que me sinto no direito de julgar? Não sei e não entendo apenas estou desabafando.

Eu adorava ver o momento que o Bozo perguntava: “Papai Papudo que horas são?” no que ele respondia: “são 5 e 60 falta um minuto pra daqui a pouco”. Eu gostava até do rabugento do Salsifufu vivido pelo saudoso Pedro de Lara e ainda tinha a Vovó Mafalda do também falecido Valentino Guzzo.

 O carisma dos atores anteriores era enorme são momentos que marcaram toda uma geração de crianças que hoje são pais e mães.

É como eu disse no início do texto a nostalgia é um perigo e precisamos tomar cuidado com ela. Eu sou um nostálgico incorrigível, pois não tenho mais jeito.

Sigo meu caminho corajosamente vivendo e convivendo com minhas lembranças sendo retiradas lá do fundo do baú. E me surpreendendo ao encontrar com elas.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Polêmica: réplica para um amigo

Caro amigo Anderson.
A intenção desse texto não é criar conflito. Minha opinião não é melhor que a sua. Me permita discordar e não se sinta ofendido. Não pense que eu e JC Anjos estamos conspirando contra suas ideias.
Caro amigo Anderson.
Quando te perguntei: "Porque Alan Scott não pode ser gay?"
Você respondeu: "Qual foi o momento no texto em que eu disse que Alan Scott não pode ser homossexual? Você se equivocou quanto a isso, pois eu fui bem enfático em dizer que estava abordando a polêmica como a DC conduziu o fato. Será que não deu pra enxergar isto no texto?"
Caro amigo Anderson, quando você escreve um texto e publica na web a exposição é inevitável. Eu sou seu amigo, mas antes de tudo sou leitor. E é o leitor que dá vida aos textos. O que seria dos textos sem os leitores?
O leitor nunca está equivocado. O leitor interpreta o texto da maneira como ele quer.
Vou usar um bordão: "O cliente sempre tem razão". E o leitor dos nossos textos são nossos clientes. Ou estou "equivocado"?
O indicado seria uma reflexão: "O que levou Alex a me perguntar isso?" 
"Eu deixei isso transparecer no texto?" 
Não diga que estou equivocado, ou que não enxerguei o texto. Cabe ao escritor o trabalho de criar textos claros. Assim, a leitura será fluida e sem dificuldade de entendimento.
Caro amigo Anderson, não tenha medo de ser um conservador.
Não tenha receio de opinar sobre Alan Scott.
Leia suas palavras: "Do meu ponto de vista o problema não foi ter mudado sua opção sexual, por que pra mim tanto fez ou tanto faz. O que me chateou foi não terem respeitado a longa trajetória do herói nos gibis."
Você diz que tanto fez ou tanto faz, mas depois diz que ficou chateado. Afinal qual é sua posição?
Você acredita realmente que transmitiu clareza?
Outro fato que te questiono: Porque Perry White não pode ser negro? O Rei do Crime foi. Eu confesso que discordei na época. Alías, todos discordaram. Mas se o filme do Demolidor tivesse sido bom, ninguém iria reclamar dessa mudança, ou seja, iríamos aceitar. O filme foi ruim, e sabemos que a razão ou as razões do insucesso são outras.
Atualmente, para mim, o mito é que interessa.
O que o Superman representa é muito maior do que um Perry White negro. 
Se o novo filme do Homem de Aço me deixar extasiado como Os Vingadores deixou, podem até transformar a Lois Lane em nigeriana.
Não importa quem vai interpretar tais personagens 
O mito Superman está além disso. O próprio Superman pode ser negro, asíatico, índio...para mim, leia bem Anderson, para mim, não importa mais. 
Não quero dizer com isso que sua opinião está equivocada. Não leve para o pessoal.
O mito, a essência do que Superman significa, essa não deve ser alterada. Mas a cor de pele, a raça ou nacionalidade não importa. 
Caro amigo Anderson, não fique chateado comigo nem com JC Anjos.
Apreciamos a discussão. Isso é saudável. Não temos intenção de desrespeitar seus escritos.

Alex Sandro Franco



sexta-feira, 26 de abril de 2013

Robert Downey Jr: Não é o Homem de Ferro!

Dia 26 de Abril : Homem de Ferro 3 estreiará oficialmente nos cinemas brasileiros.
O filme "carrega" uma grandiosa responsabilidade. E o nome dessa responsabilidade chama-se Os Vingadores.
Sucesso de bilheteria e crítica, o filme ainda pulsa em nossas melhores recordações.
Homem de Ferro 3 é o filme pós Os Vingadores. A Marvel terá obrigação de manter o excelente nível.
Homem de Ferro 3 será sucesso de bilheteria e crítica? Se será sucesso de crítica não sei. Mas, bilheteria será com certeza! Por causa de Os Vingadores? pode ser...
Porém, vou além disso, para mim, o sucesso de Homem de Ferro 3 tem um único responsável: Robert John Downey Jr.
Ele é o astro rei da Marvel. Ao contratar Robert Downey Jr para atuar como Tony Stark/Homem de Ferro será que a Marvel imaginava que ele iria transformar a franquia em algo absurdamente rentável?
Robert revitalizou o Homem de Ferro e colocou o herói num ótimo patamar dentro da Marvel. Hoje, o Homem de Ferro rivaliza em popularidade com - não necessariamente nessa ordem - Wolverine, Homem Aranha, e Os X-Men.
Fazendo uma comparação. Não sei se será boa, mas farei.
Os filmes do Batman que foram dirigidos por Nolan são e sempre serão elogiados por terem apresentando uma atmosfera sombria e densa do universo de Batman. A franquia ganhou nova dimensão pois houve trabalho respeitoso e sério da Warner com o Cavaleiro das Trevas.
Christian Bale é responsável pela revitalização de Batman? Não!
Na recente trilogia do Batman, o grande "astro" foi o diretor, ou seja, Christian Bale foi "coadjuvante" de luxo. Resumindo: os filmes dariam certo independente de Bale estar presente.
E porque?
Simples: Christian Bale não possui o carisma de Robert Downey Jr.
Em Homem de Ferro 1 e 2 a direção foi importante para o sucesso? Sim, foram!
Não estou dizendo que a direção foi mediana ou ruim, mas sabemos que Robert levou os dois filmes "nas costas".
Temos quase certeza( quase...) de que sem ele, a franquia não teria o mesmo êxito. Não seria uma franquia ruim. Mas seria o que é hoje?
Alguém consegue imaginar Tony Stark sendo representado por outro ator?
Robert Downey Jr é muito mais do que um ator atuando como Tony Stark/Homem de Ferro.
Robert Downey Jr transformou Tony Stark em ícone pop. Alguém duvida disso?
Robert D. Jr deu ao personagem carisma, humor, acidez, ironia, charme e o principal: vida.
Fazendo-nos acreditar que Tony Stark realmente vive. Quando olhamos Robert Downey Jr vemos Anthony Edward Stark.
Diante dessa genialidade de Tony...ops! Robert Downey Jr o reconhecimento de seu talento veio num cheque assinado pela Marvel: 50 milhões de Doláres.
É isso mesmo: para atuar em Os Vingadores, Robert embolsou essa quantia.
Robert Downey Jr não é o Homem de Ferro!
Robert Downey Jr é o Homem de Ouro da Marvel!
Que venha o 4º filme...

Alex Sandro Franco dos Santos


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Polêmica



A recente mudança no status quo do Lanterna Verde original Alan Scott gerou um alarde que mobilizou não apenas a internet, mas a mídia falada também (TV). Divulgaram que era Hal Jordan o herói modificado mais depois tiveram que acertar o que haviam comentado. Sem falar que diversos fãs de HQs ao redor do mundo demonstraram sua indignação perante o ocorrido.

Do meu ponto de vista o problema não foi ter mudado sua opção sexual, por que pra mim tanto fez ou tanto faz. O que me chateou foi não terem respeitado a longa trajetória do herói nos gibis.

A DC  pegou um herói não muito importante do seu panteão e resolveu muda-lo. Bom, já fizeram isso dezenas de vezes, porém desta repercutiu de uma maneira nunca vista antes.

Heróis assumidos existem vários, mas acho que a editora quis apenas aparecer em sua extrema e acirrada concorrência com a Casa de Ideias. Outra coisa bastante criticada é a mudança de personagens brancos tornarem-se negros. Vou pelo mesmo lado pra quê?

O mais recente foi Perry White que em Superman: O Homem de Aço será interpretado pelo excelente ator Laurence Fishburne. Poderiam colocar o repórter Ron Troupe seria bem melhor, pois é um personagem que ganhou certa relevância nos gibis do kriptoninano.

Lembrando também que na época do filme do Demolidor o vilão Rei do Crime foi vivido pelo saudoso ator Michael Clark Duncan que recebeu duras críticas por conta disso, mas sua atuação foi ótima e impecável.  A verdade é que ambas as editora querem incluir as minorias em suas revistas, pois é um público que compra e gosta dos personagens.


Quando Hal Jordan soube que John Stewart seria convocado para ser seu substituto ele não gostou da ideia. Demonstrando um preconceito para o fato, mas John ao longo destes mais de 40 anos de existência é um dos melhores LV da Tropa.

No selo Milestone da DC surgiram dois heróis um foi o Ícon que atualmente está no limbo e o segundo é o Super Shock que teve uma animação  somente sua para brilhar. Na mesma editora após os eventos dos Novos 52 o Multiverso voltou e nele há uma Terra aonde Calvin Ellis um Superman negro a defende eu adorei a história é claro.

A Marvel criou o Pantera o regente do reino de Wakanda um país fictício na África que detém a tecnologia mais avançada do mundo inteiro. Sua inteligência rivaliza com Tony Stark e Bruce Banner.  A ideia do Homem-Aranha Ultimate Miles Morales mostrou que a editora está atenta ao mundo de hoje.

Ainda temos Apolo e Meia Noite do grupo de super-heróis extremista Stormwatch eles são cópias deslavadas de Superman e Batman e formam um casal assumido. A DC também teve um herói homossexual o Extraño na minissérie Milênio que também foi jogado no limbo.

Historicamente tanto a Marvel quanto a DC criaram heróis caucasianos, porque antigamente a maior parte do poder aquisitivo era deles, mas o mundo mudou e estamos em pleno séc. XXI e eu gosto de ver que há personagens que refletem realmente a realidade e não uma parcela escolhida dela.

A inclusão de personagens negros ou homossexuais (heróis ou não) mostra que o pensamento das editoras mudou e estão querendo se adaptar pro que existe em nosso mundo. Do meu ponto de vista o fato de mudar somente pra fazer escândalo ou estardalhaço é querer brincar com a cara do leitor e já estava mais do que na hora de haver mudanças concretas sobre isto.

Os fãs em geral detestam mudanças drásticas em seu personagens preferidos. Mais sabemos que tudo pode mudar novamente. O cenário das HQs é feito assim há décadas e se prestarmos atenção “todos” os heróis evoluíram desde que apareceram.

Sejam surgidos em 1938 ou 1960 ou 1990 eles não são iguais totalmente. Até nós mesmos ao longo de nossas vidas sofremos transformações em nossa essência crescendo e aprimorando conhecimento.

Eu particularmente gostaria que “criassem” heróis negros ou homossexuais, pois seria uma forma real de mostrarem que querem agradar seu público e não mudanças polêmicas para chamarem os holofotes da mídia num dado momento.

Aproveitando o tema leiam esta matéria publicada no blog GdQ é excelente e elucida de maneira simples uma questão complicada, mas que não deveria ser vista desta forma.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O Sorriso do Coringa




Tão interessante quanto o Cruzado de Capa são os vilões que o rodeiam. Sua galeria é recheada de todos os tipos de sociopatas, loucos, maníacos e psicopatas.
Inúmeras vezes já vi escrito que os vilões de Gotham são apenas um reflexo distorcido do Morcego.  A presença deles é devido ao fato do surgimento do Morcego. Será que um homem que sai a noite vestido de morcego é tão anormal quanto os vilões que combate?
O Coringa é um dos vilões mais cruéis do universo do Morcegão do qual devemos esperar o inesperado e isso é simplesmente assustador  e três atores tiveram a chance de interpretá-lo Cesar Romero, Jack Nicholson e Heath Ledger. Cada um á sua maneira demonstrou como seria a existência do Palhaço do Crime.
Cesar Romero foi o primeiro seu Coringa mais parecia um palhaço que um terrível bandido psicopata  e seu bigode aparecia por sobre a pintura branca. Sua versão é marcada por piadas sem graça e uma leve loucura aparente.
Na franquia de Timm Burton quem brilhou foi Jack Nicholson que roubou todos os holofotes com sua impagável atuação tresloucada ficando memorável e que acabou ofuscando o ator principal Michael Keaton.

Agora com Heath Ledger o patamar foi mais alto, pois sua construção dinâmica e bem estruturada de um pensamento anárquico e livre conquistou milhares de fãs. Não é muito raro um vilão ter tantos simpatizantes assim mesmo um tão cruel quanto o Sr. C.

Mais a interpretação de Ledger para o Palhaço do Crime é tão impressionante quanto impactante. Seu personagem vai de encontro direto com nossos maiores temores. 

O Coringa sempre assusta com  demonstrações frias de como sua mente é distorcida, mas nós ficamos maravilhados em ver como Heath Ledger demonstrou essa personificação do caos e do terror. A perda trágica do ator marcou ainda mais sua atuação numa franquia que se consolidou pela verossimilhança  com a realidade.
Quando o Coringa de Ledger conta como surgiu seu eterno sorriso desfigurado há uma versão diferente e pior para cada uma delas e isto é assustador.
Um fato inigualável está na HQ Cacofonia aonde Batman e Coringa têm uma conversa muito sincera e aberta sobre o seu antagonismo. Bruce estava tão vulnerável que o Coringa "descobriu" que aconteceu um trauma em sua infância para tornar-se quem é
 E o principal que ambos futuramente ainda teriam uma luta da qual sobraria apenas um. Cacofonia é surpreendente e instigante deixando-nos com uma pulga atrás da orelha de como se dará tal embate.
Eu me pergunto porque será que um vilão teve um apelo tão grande diante do público será por causa da atuação e morte de Ledger ou porquê o Coringa é muito popular?

Logo veremos uma nova adaptação do Morcegão e será que farão mais uma versão do Palhaço do Crime? Eu já acho que deveriam procurar outro vilão, pois o Cara de Barro seria uma opção ainda mais com sua capacidade de mudar de forma. Mesmo que não seja este vilão poderiam pensar num outro, pois o Coringa já está batido e Ledger ficou insuperável.